Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Setor da construção civil cresce na região metropolitana

12 de junho de 2013

Notícia publicada no Novo Jornal:

O setor da construção civil na região metropolitana do Rio Grande do Norte praticamente dobrou de tamanho desde a virada do século, com crescimento ainda mais acentuado entre 2010 e 2012 quando surgiram quase 12% das empresas. É o que aponta a pesquisa “Construção Civil na Grande Natal: um estudo exploratório”, divulgada ontem pelo Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).

Foto: meioseculodeaprendizagens.blogspot.com

Foto: meioseculodeaprendizagens.blogspot.com

Segundo o levantamento apresentado aos empresários no início da tarde de ontem, em almoço promovido na Casa da Industria (Fiern), esta é a área da economia potiguar com melhor faturamento e nível de escolaridade, mas ainda perde em capacitação profissional e tecnológica, fatos que podem gerar o fechamento de algumas empresas se não forem adotadas mudanças.

“Falta qualificação desde a tecnológica até os recursos humanos. O mercado é bom. Está em crescimento, mas pode se desenvolver melhor”, analisa o gestor de pesquisa do Sebrae Paulo Ricardo Bezerra, coordenador do levantamento. Ele explica que 150 empresas participaram do estudo. Somente em Natal estão 76,32% delas. Parnamirim vem em seguida com 9% e Macaíba em terceiro com 4% das empresas do setor pesquisadas na Grande Natal.

Metade delas foi criada entre 2000 e 2010, representando um crescimento de 50% em comparação com o que foi registrado nas décadas anteriores. As que surgiram depois de 2010 representam 11,86% das entrevistadas. Talvez por isso, acrescenta o gestor de pesquisa, o setor ainda não tenha conseguido acompanhar o desenvolvimento tecnológico. Ele aconselha copiar os bons exemplos. “Tem que observar a tecnologia usada fora do estado e trazer para cá”, diz Bezerra.

Para ele ainda não é suficiente ter apenas 60% das empresas utilizando sistemas informatizados de gestão empresarial, que integram todos os dados e processos da empresa de forma unificada.

O diretor do Sebrae, João Hélio, relata que o resultado da pesquisa é positivo e servirá para o setor se planejar com antecedência para evitar problemas futuros, uma vez que está aproveitando o bom momento da economia, observando-se o crescimento e desenvolvimento das empresas. “Mas há a necessidade urgente de qualificação porque podem cometer erros sem grandes problemas agora, mas se vier uma má fase da economia, os danos podem ser irreparáveis. Ou assumem como meta o que está sendo sugerido e traçado ou serão engolidas pelo mercado”, prevê João Hélio.

Os empresários reconhecem que estão atrasados em capacitação profissional e cobram do Sindicato, ao qual 75% são filiados, mais treinamento gerencial, conhecimento técnico para mão de obra, além de visitas técnicas.

Mas, segundo a vice-presidente do Sinduscon, Larissa Dantas, a capacitação profissional do setor é uma meta que está sendo trabalhada, segundo. “Temos realizado alguns trabalhos como a instalação de um fórum de tecnologia que acontece todo mês”, cita. Dantas diz que a dificuldade de se investir em tecnologia está no rápido crescimento que o setor sofreu na última década.

Além disso, a baixa qualificação profissional já era sentida pelo setor, antes da constatação da pesquisa divulgada ontem. “Estamos realizando um trabalho conjunto com o Senai oferecendo quase a custo zero essa capacitação. Quem quer se qualificar, tem oportunidades e é preciso lembrar que quem é qualificado também é melhor remunerado”, destaca.

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