Sobre a necessidade dos auxiliares do governo implementarem total austeridade e economia em todas as pastas no que diz respeito aos gastos com custeio e manutenção dos órgãos governamentais, exigidas em reunião pelo governador Robinson Faria, objetivando enfrentar a crise financeira que o estado do Rio Grande do Norte enfrenta, de certa forma isso já não era nenhuma novidade para os leitores que acompanham o meu blog.
Há cerca de um mês, o blogdobarbosa publicou, com exclusividade, uma entrevista ping-pong com o vice governador Fábio Dantas em que ele chamava a atenção para a gravidade da situação. Me disse Dantas, na época, que o déficit hoje do estado chega a R$ 1 bilhão com projeção para 2016 do mesmo montante. O vice-governador afirmou ainda que “aumentar impostos nunca é a solução, porém o déficit no ano de 2015 visualizado na transição infelizmente terminou por se confirmar, fato este que impõe medidas de recomposição pra 2016 que também apresenta um déficit inicial bastante significativo”. Clique aqui para ler toda a entrevista.
O vice-governador ressaltou na entrevista que “o estado vive um ano atípico agravado pela crise nacional que ameaça de forma estrutural nossa gestão, sendo um desafio a mais neste início de governo, aliada a seca prolongada e sem perspectiva de resolutividade em curto prazo, também a situação financeira que foi encontrada o nosso combalido Rio Grande do Norte”.
Fábio Dantas foi realista mostrando um quadro sem retoques da crise porque passa o estado. O governador Robinson Faria levou ao conhecimento dos auxiliares aquilo que o seu vice já havia dito aos leitores, apenas pediu a colaboração dos secretários para que “apertem os cintos”, no sentido de enxugar a máquina pública o máximo que puderem para ajudar o governo a enfrentar a crise, que não é só nossa, mas de todo o país.
Para se ter uma ideia melhor da situação, não só o estado enfrenta problemas de ordem financeira, mas também as prefeituras. Ainda esta semana o Tesouro Nacional divulgou uma nova estimativa de repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), para os dois últimos dois meses do ano, e segundo a informação do TN, o FPM deve fechar novembro com apenas 17,4% de aumento em relação a outubro.
No comparativo com o mesmo período do ano anterior, o quadro é o seguinte. Novembro (-4,8%); dezembro (-8,2%) e janeiro/2016 (-11,5%).
Portanto, caro leitor, o momento exige a contribuição de todos no que diz respeito a austeridade para que possamos sair da crise, inclusive, da classe empresarial que só faz cobrar dos governos medidas de contenção de despesas.
A conferir!
Foto: Ascom/RN
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