Notícia publicada na Tribuna do Norte:

Os permissionários das linhas de transporte alternativo de Natal cobram mudanças no sistema de bilhetagem eletrônica na capital. Ocupando o prédio da Prefeitura do Natal desde o início da manhã desta quarta-feira (24), os permissionários querem que os cartões eletrônicos utilizados para o pagamento de passagem nos ônibus também possam ser aceitos nos alternativos. De acordo com a secretária de Mobilidade Urbana de Natal, Elequicina dos Santos, o projeto de licitação enviado à Câmara Municipal do Natal previa a medida.

Permissionários ocuparam prédio e impediram trânsito na Ulisses Caldas. (Foto: Alex Regis)

A cobrança pela unificação dos transportes públicos ocorre desde que a bilhetagem eletrônica foi implantada em Natal. Segundo os permissionários, a exclusividade do uso cartão nos ônibus diminuiu consideravelmente o fluxo de passageiros nas linhas alternativas e, consequentemente, vários permissionários tiveram que parar de circular devido à escassez de passageiros.

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Ônibus

Sete empresas possuem permissão para atuar no transporte coletivo. Com uma frota de 712 veículos em operação, as empresas mantém 86 linhas de ônibus e cobrem 124 km², 73% da área total da cidade, que é de 170,3 km2, segundo dados oficiais da Semob. Em média, 4,8 milhões quilômetros são percorridos, por mês. Por veículo em atividade, o faturamento é de R$ 27,7 mil. A idade média dos veículos é de sete anos. O setor nunca foi disciplinado por licitação. Atualmente, o processo de licitatório está em análise na Procuradoria Geral do Município.

Opcionais

O Sistema de Transporte Opcional de Passageiros é operado por micro-ônibus com capacidade para 16 usuários. A frota é de 177 veículos e a tarifa de R$ 2,20. O representantes do sistema cobram a bilhetagem única. O setor reclama das dificuldades em receber passageiros que utilizam o cartão de passagem eletrônica dos ônibus.

Trens urbanos

O sistema ferroviário tem uma extensão de 56,2 quilômetros, com 22 estações ao longo do traçado. Com uma locomotiva em operação, atualmente, a CBTU transporta, em média, 4.000 passageiros/dia, realizando 12 viagens por dia, sendo oito no trecho sul e quatro no trecho norte, atendendo os municípios de Natal, Ceará-Mirim, Extremoz e Parnamirim. A tarifa é de R$ 0,50. A CBTU tem previsão de colocar em operação, em vinte dias, mais uma locomotiva (que estava em conserto) e retomar as  24 viagens.

Táxi

É um serviço executado por veículos de passeio e explorado sob o regime de permissão à título precário e gratuito por operadores autônomos (permissionários). O poder executivo municipal fixa as tarifas quilométricas, chamadas de “Bandeira 1 (percursos diurnos)” e “Bandeira 2 (noturnos, domingos e feriados)”, de acordo com o Art.38 do decreto nº 2.954, de 25 de julho de 1984. Hoje, a frota de taxi em Natal é de 1.010 veículos.

Transporte escolar

Atualmente, o serviço é explorado por 310 veículos. São operadores autônomos que atuam,  mediante contrato para transporte de estudantes, no regime de autorização, concedida pela Semob. Para prestar o serviço, os veículos devem possuir cinto de segurança para todos os ocupantes, vidros com limitador de abertura, equipamento registrador de velocidade (tacógrafo) e faixa na cor amarela e preta com o palavra “ESCOLAR” nas duas laterais do veículo. Os carros são vistoriados, a cada semestre. O selo de aprovação deve ser fixado no pára-brisa dianteiro.

Via Livre

Implantado em 2009, o Via Livre previa a liberação de faixas de escoamento até o final de 2010, melhorando o trânsito de Natal. Mas o programa, até o momento, abrange seis vias: Afonso Pena, Antônio Basílio, Romualdo Galvão, Jaguarari, Joaquim Fagundes e São José.   Em Natal, o controle do trânsito é feito por 14 fotosensores, cinco radares, cinco lombadas eletrônicas e bandeiras eletrônicas. Ao todo, 64 faixas são monitoradas eletronicamente. A frota atual de veículos em Natal é superior a 322 mil veículos.

Passe Livre

Criado em abril de 2009, o passe livre (integração) desobrigou o usuário de ônibus ao uso das estações de transferência. O usuário pode fazer uma viagem para qualquer ponto da cidade, pagando somente uma passagem, mesmo que para isso precise trocar o ônibus no caminho. No entanto, o passe livre tem um limite para utilização, de uma hora.

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