O BNDES aprovou, em 07 de março, financiamento de R$ 389 milhões para a construção de cinco parques eólicos no Nordeste. Os recursos custearão também os respectivos sistemas de transmissão associados. Os parques, quatro no Rio Grande do Norte e um na Bahia, terão capacidade instalada de 138 mega watts. Os empreendimentos são controlados pela Neoenergia (associação da Previ, Banco do Brasil e Iberdrola) e pela espanhola Iberdrola Renováveis do Brasil. O valor do empréstimo do banco estatal cobre também o investimento necessário para a construção dos sistemas de transmissão de energia dos parques eólicos.
Os projetos foram vencedores do Leilão de Fontes Alternativas de 2010 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O BNDES vai financiar 67,8% dos empreendimentos, cujo investimento total previsto é de R$ 573,6 milhões. A estimativa é que as obras vão gerar 1,8 mil empregos diretos e indiretos.
Segundo o banco, os investimentos no setor de energia eólica no país somaram R$ 5,1 bilhões em 2011. Desse total, R$ 3,4 bilhões foram financiados pelo BNDES. Os 38 novos projetos de parques eólicos lançados no ano passado vão assegurar uma expansão de 1.160 MW na oferta de energia à matriz energética brasileira, cifra que corresponde a cerca de 10% da capacidade total da hidrelétrica de Belo Monte.
Os parques, quatro no RN e um na Bahia, terão capacidade instalada de 138 MW e custearão também sistemas de transmissão.
No Rio Grande do Norte, os quatro parques representarão um investimento total de R$ 453,35 milhões, dos quais R$ 325,2 milhões serão financiados. A capacidade instalada dos projetos será, somada, de 108 MW.
Dois parques – o Calango 2 e o Calango 3 – abrangem os municípios de Bodó, Santana do Matos e Lagoa Nova e terão 30 MW cada. O Calango 2 demandará R$ 114,26 milhões em investimentos e o Calango 3 R$ 125,17 milhões. Os parques receberão, respectivamente, R$ 82,75 milhões e R$ 90,2 milhões do banco.
Outro projeto, batizado Arizona 1, será implantado na região litorânea de Rio do Fogo, adjacente ao Parque Rio do Fogo, do grupo Iberdrola. Serão 28 MW. O investimento previsto é de R$ 122 milhões, dos quais R$ 86,95 milhões financiados. Outro parque, o Mel 2 – que vai custar R$ 91,53 milhões – conseguiu aprovar R$ 65,3 milhões no banco. O parque será implantado na região litorânea de Areia Branca, distante 288Km de Natal. O projeto baiano, por sua vez, será construído no município de Caetité, situado em uma região de planalto da Bahia.
No Rio Grande do Norte, os investidores terão prazos de pagamento entre 207 e 216 meses. Sobre o financiamento incidem a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que está em 6% ao ano, além de uma taxa de risco que varia de acordo com o projeto e uma taxa de juros de 0,9% ao ano – a mais baixa oferecida pelo BNDES, segundo a assessoria de imprensa.
[dropcap color=”#000000″ font=”tahoma” fontsize=”14″]Setor impulsiona resultados do banco no RN[/dropcap]
O setor de energia foi a principal alavanca dos financiamentos do BNDES no ano passado, no Rio Grande do Norte. Os desembolsos do banco para o segmento de eletricidade e gás, que inclui os projetos do setor, somaram R$ 799,6 milhões no período, representando 54,36% do valor total desembolsado no estado, de R$ 1,47 bilhão. O montante destinado à área que engloba energia também significou um crescimento de 547%, na comparação com 2010. Os números foram divulgados na última terça-feira pelo banco.
De forma global, o R$ 1,47 bilhão desembolsados no RN, para os diversos setores, representaram uma expansão de 82,5% sobre o valor alcançado no ano anterior.
O crescimento nas liberações foi puxado, sobretudo, pelo desempenho do setor de comércio e serviços, que engloba os projetos de energia. Também se destacaram, de acordo com informações da instituição financeira, os setores de arte, cultura e esporte, para os quais foram desembolsados R$ 80,1 milhões (em 2010, tinha recebido apenas R$ 500 mil); o de construção, que teve acesso a R$ 79,1 milhões (85% a mais); e o de transporte terrestre, para o qual o Banco liberou R$ 149,5 milhões (15% a mais). Para micro, pequenas e médias empresas, houve um incremento de 78% no volume de recursos liberados para esse segmento, saltando de R$ 260,9 milhões em 2010, para R$ 465,3 milhões no ano passado.
[dropcap color=”#000000″ font=”tahoma” fontsize=”14″]NORDESTE[/dropcap]
O Nordeste foi a única Região do País em que os desembolsos do BNDES cresceram em 2011, na comparação com o ano anterior. Enquanto em 2010 o Banco liberou para a Região R$ 17,2 bilhões em financiamentos – no ano passado os recursos liberados somaram R$ 18,8 bilhões – um incremento de 9%. Os investimentos de energia estão entre as alavancas dos números.
No país, a liberações para o setor atingiram, no ano passado, R$ 5,1 bilhões, sendo R$ 3,4 bilhões de financiamentos do BNDES. Os projetos representaram um acréscimo de 1.160 MW à matriz energética brasileira, divididos em 38 parques eólicos, de acordo com informações divulgadas pelo banco. Os cinco projetos que tiveram financiamentos anunciados ontem foram os primeiros do setor aprovados este ano.
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