A prefeitura do Natal vai recorrer ao Exército Brasileiro para realizar as obras necessárias de reparos nos calçadões de Ponta Negra e da Praia do Forte. Esses são os dois pontos mais críticos na orla da capital, que ruíram com a força das marés e das fortes chuvas que caíram nas últimas semanas. A medida será necessária porque o município licitou um valor orçado em R$ 466 mil para fazer os primeiros reparos, provocados por desabamentos no início do ano, mas o valor ainda é insuficiente para dar conta dos trechos que cederam depois.
Uma das alternativas seria fazer aditivos no contrato. Só que a alternativa mais adequada foi recorrer à ajuda federal, tendo em vista que o Exército dispõe de Batalhões de Engenharia que poderiam executar os serviços com mão-de-obra própria. Segundo a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), são necessários pelo menos mais R$ 700 mil para promover o conserto em Ponta Negra, e mais R$ 200 mil que deverão ser gastos naPraia do Forte, na altura do Monumento à Bíblia Sagrada.
O pedido do município será encaminhado ao Comando Geral do Exército em Brasília (DF). Por ora está sendo preparado um levantamento dos pontos mais críticos. “A prefeita [Micarla de Sousa] nos pediu um levantamento do que está sendo feito e vai negociar com o Exército uma parceria para consertar esses trechos do calçadão”, afirmou o titular da Semsur, Luiz Antônio Lopes. “Estamos tentando essa parceria para dar mais agilidade aos serviços necessários. O Exército Brasileiro tem tecnologia e material humano suficiente para fazer num tempo mais rápido possível”. O secretário lembrou que o EB não realiza o serviço de graça. “Tem um custo”, mas ele espera que seja uma forma mais eficiente do que através de processo licitatório ou contratação emergencial.
Cratera aberta há um ano
Em Ponta Negra, a força do mar já fez com que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros fizessem o isolamento de vários trechos do calçadão e pelo menos três quiosques tiveram que ser removidos. O objetivo é proteger algum banhista ou turista desavisado. Na Praia do Forte, uma verdadeira cratera se abriu nos últimos meses. Segundo Luiz Antônio Lopes, tem mais de um ano. “Nesse levantamento descobrimos que esse trecho ruiu há quase um ano, mas não é um serviço que possa ser feito emergencialmente”, justificou.
Ontem pela manhã, a professora Bernadete Maia, que caminha diariamente pela Praia do Forte, ficou impressionada com o tamanho da cratera. “Está cada dia pior. Quando chove ninguém pode passar. Fico surpresa e admirada por não ter nenhuma proteção”, disse ela, lembrando das pancadas que caíram no final de semana.
A mesma medida de proteção com isolamento vista em Ponta Negra não foi tomada na Praia do Forte. Não há cordão de isolamento nem qualquer sinal de interdição. O calçadão ruiu num raio de aproximadamente 20 metros. Nas bordas, há rachaduras, indicando que o estrago pode ser ainda maior. “Todo mundo passa por aí e desce em busca da praia. Faz tempo que está assim e ninguém faz nada. Se não tiver cuidado a pessoa se machuca mesmo”, protestou o frequentador da praia, André Gomes.
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