Comércio e serviços do RN abrem mais de 5 mil novas vagas de emprego

25 de julho de 2012

Deu no caderno de Economia do O Jornal de Hoje e no blog Economia do RN de Aldemir Freire:

Em junho, o setor emplacou um saldo positivo de 578 novas vagas. (Foto: Divulgação)

De janeiro a junho deste ano, o segmento de Comércio e Serviços abriu nada menos que 5.417 novas vagas de emprego com carteira assinada no Rio Grande do Norte. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged), somente em junho, o setor emplacou um saldo positivo de 578 novas vagas, sendo 108 no Comércio e 470 nos Serviços. No balanço do primeiro semestre, as 5.417 novas vagas foram divididas em 1.308 no Comércio e 4.109 nos Serviços. O segmento é, de longe, o que mais abriu vagas no estado e contribuiu decisivamente para o saldo positivo geral nos seis primeiros meses de 2012 (522 vagas a mais no RN como um todo).

No caso do Comércio, o Varejista responde pelo maior peso no saldo final (foram 1.229 vagas a mais nesta modalide contra apenas 79 vagas a mais no Comércio Atacadista no período). Já no setor de Serviços, o saldo positivo de janeiro a junho foi construído sobretudo pela área de Comércio e Administração de Imóveis (que abriu 2.027 novas vagas) e a de Serviços de Alojamento, Alimentação, Reparação e Manutenção (que respondeu pela abertura de outras 1.049 vagas). Os serviços de Ensino também merecem destaque, com saldo de 718 postos.

“Os números do primeiro semestre ratificam a força do nosso segmento. O número de vagas abertas no Comércio Varejista representa um incremento de cerca de 1,5% no número de empregos que geramos. No caso dos Serviços, este percentual de crescimento é de quase 3%. São incrementos consideráveis, se levarmos em conta o ritmo lento da economia como um todo e, sobretudo a falta de investimentos públicos no caso específico do RN”, afirma o presidente da Fecomércio, Marcelo Fernandes de Queiroz.

O presidente também destaca o fato de que o volume de empregos abertos pelo setor de Serviços, notadamente na área de Alojamento, Alimentação, Reparação e Manutenção, poderia ser bem maior. “É um segmento intimamente ligado à atividade turística que, infelizmente, anda carente de ações mais efetivas do Poder Público. O que temos visto é um declínio nas taxas de ocupação dos nossos hotéis e pousadas, muito em virtude  da falta de um trabalho maior de divulgação do nosso destino e também dos investimentos  em diversificação da nossa matriz turística e na oferta de uma melhor infraestrutura”, diz Queiroz.

O Mercado de Trabalho Formal no Rio Grande do Norte – 2011 X 2012

O mercado de trabalho formal no RN nesse primeiro semestre de 2012 mostrou-se melhor do que no mesmo período de 2011. para alguns setores, todavia, o desempenho foi pior este ano.
Em termos gerais, enquanto no primeiro semestre do ano passado o estado registrava um saldo negativo de 1,7 mil postos e trabalho perdidos, este ano o semestre se encerrou com saldo positivo de 522 novos postos de trabalho.
O saldo desse ano foi puxado principalmente pelo crescimento dos empregos gerados nos setores de serviços e de comércio. O setor de serviços saltou de um saldo positivo de 2,4 mil empregos de janeiro a junho de 2011 para um saldo de 4,1 mil empregos no primeiro semestre de 2012. Para o setor de comércio o saldo variou de 804 para 1.308, no mesmo período.
A construção civil também registrou um saldo positivo, mas foi 27% menor do que o registrado no ano passado.
Em sentido inverso, com saldos negativos, destacam-se a agropecuária (tradicionalmente com saldo negativo no primeiro semestre) e a indústria de transformação.
O saldo negativo da agropecuária foi menor do que o registrado no ano passado. Para a indústria de transformação, porém, a situação foi mais crítica no de no primeiro semestre de 2011.
As expectativas de desempenho do mercado formal de trabalho no RN nesse segundo semestre é de que o saldo irá se ampliar. Já agora em junho a agropecuária estadual começou seu ciclo de contratações sazonais. A tendência, portanto, é que nos próximos meses o setor agropecuário puxe as contratações no estado em função das safras de melão, melancia e cana-de-açúcar.
Mesmo o setor industrial irá melhorar nesse segundo semestre. Em primeiro lugar porque haverá contratações das usinas de açúcar e álcool. Além disso, acredito que o setor têxtil (que vem passando por uma grande onda de demissões há quase 24 meses), vai começar a reverter esse quadro. Em um primeiro momento esse ritmo de demissões irá se reduzir (vejo isso no segundo semestre) e posteriormente o setor poderá até voltar a contratar (vejo isso somente em 2013), favorecido por um câmbio melhor, pelo maior ritmo de crescimento da economia e pelas políticas de incetivos que o mesmo recebeu do governo federal.

Clique aqui para ver a publicação original no Jornal de Hoje.

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