Notícia publicada no caderno Natal da Tribuna do Norte:
O projeto E-poste pode trazer uma economia estimada em R$ 2 milhões por ano, nos custos da iluminação pública de Natal. Em média, a capital consome, anualmente, R$ 18 milhões com a iluminação nos postes de ruas e em espaços públicos. O novo sistema será capaz de monitorar o funcionamento dos pontos de luz nas ruas e programá-los de forma mais exata para aproveitar a luz do sol.
A iniciativa surgiu de pesquisadores majoritariamente ligados à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 2010. Conforme o coordenador do projeto, o professor de engenharia elétrica da UFRN Gláucio Brandão, é possível melhorar o aproveitamento da luz natural, principalmente na região Nordeste. “Dá pra programar para um poste acender exatamente às 17h30”, citou. A programação dos horários também são variáveis com a época do ano, uma vez que os horários da luz solar também variam.
Atualmente, as lâmpadas possuem uma fotocélula que deveriam desligar e ligar automaticamente cada lâmpada. Para isso, o equipamento identifica quando o dia anoitece e amanhece. “Esse equipamento é muito antigo, muitas vezes, as fotocélulas não funcionam e isso representa custos desnecessários”, disse Luiz Lopes, consultor contratado pela Prefeitura de Natal. Essa deficiência é facilmente verificada pelas ruas de Natal. Pontos de luz ficam acesos durante o dia e apagados de noite, como acontece na avenida Duque de Caxias.
Segundo secretário municipal de Serviços Urbanos, Raniere Barbosa, a pasta gasta cerca de R$ 600 mil, por mês, somente com manutenção da rede. O cálculo da economia na conta de iluminação pública diz respeito apenas ao consumo. “A economia pode aumentar inclusive se for levada em consideração a manutenção”, afirmou Brandão, lembrando que as lâmpadas poderão ficar menos tempo acesas e, consequentemente, ganharão em vida útil.
O consultor do projeto afirma que E-poste já foi devidamente testado e validado. O sistema de controle está em funcionamento há dois anos, de forma experimental, na praça Hélio Galvão Capim Macio. Há apenas um chip que programa vários postes. O primeiro equipamento desenvolvidos pelos pesquisadores tinha as dimensões de um aparelho de telefone fixo. Três versões depois, o tamanho é comparável ao de um smartphone.
Prefeitura investiu R$ 400 mil em projeto de automação
De acordo com o consultor Luiz Lopes, a Prefeitura de Natal investiu R$ 400 mil no desenvolvimento do e-poste na gestão passada. Inclusive existe já existe projeto para instalar 500 chips pela cidade. “Se a Prefeitura desejar, há uma previsibilidade para a confecção de 500 peças, no valor de R$ 80 mil, o que representa o controle de 18% dos pontos de iluminação pública de Natal”, disse. Segundo ele, nessa primeira fase, a própria equipe da UFRN poderia confeccionar os chips, mas não teriam condições para produzir em escala maior.
Para o coordenador do e-poste, o professor Gláucio Brandão, cabe à Prefeitura decidir como irá instalar. “À medida que fossem queimando os sensores convencionais, a Prefeitura iria substituindo pelos novos. Poderia ser também uma experiência por bairros”, explicou.
No entanto, o titular da Semsur diz desconhecer o projeto. “Ele tem que entregar um relatório da consultoria e o projeto à Prefeitura”, cobrou. Raniere Barbosa informou que houve uma apresentação do projeto para a equipe da secretaria (ele não estava presente), mas nenhum projeto foi entregue na ocasião. “Em 2008, instalamos um sistema de telemetria em duas ruas de Natal no estilo do E-poste”, rememorou. Nessa nova gestão, o secretário está em busca de um sistema de automação existente no Rio de Janeiro, mas disse que o projeto local era bem-vindo.
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