Notícia publicada no Novo Jornal:
Belinha, apesar do nome, é macho. Está desaparecido desde janeiro de 2013. Fugiu ou foi roubado em Parque das Colinas. Pretinho também é do sexo masculino, mas desapareceu um pouco depois, em março, no bairro Nordeste. Já Bilo, um greyhound italiano, deixou para trás uma criança triste quando escafedeu-se em meados de abril de Capim macio. E Capitú – macho até que provem o contrário – nunca mais foi visto desde fevereiro, quando estava em Lagoa Nova. Por trás de cada um desses sumiços (todos registrados na internet), uma história triste, uma série delas. E foi pensando em por fim a isso que dois empresários potiguares criaram a startup Meu Peludo, que oferece um sistema de localização baseado em códigos de barra para evitar que cães sumidos continuem desaparecidos.
A “Meu Peludo” é administrada pelo publicitário Philipe Coutinho e pelo administrador Sérgio Oliveira que lançaram a proposta de ajudar os donos a encontrarem animais de estimação perdidos. Funciona com a mesma tecnologia da emissão de notas fiscais eletrônicas ou de leitores de fotos. Nos Estados Unidos e Europa, essa tecnologia é usada para diversos fins, direcionando o usuário a um link com as informações correspondentes ao serviço oferecido, através de um código.
Para tanto, o interessado cadastra o seu animal no site da startup (www.meupeludo.com.br), onde também pode fazer o seu pedido. A página funciona como uma rede social para os animais, onde constam informações sobre ele, como o tempo de vida, raça, foto e também o contato do dono. Porém, a novidade da iniciativa está na tag, uma espécie de pingente de 2,5 cm por 2 cm, fabricada em alumínio com resina, que é fornecida ao proprietário do animal para que seja fixada na coleira do pet.
Por enquanto o serviço é direcionado para cães e gatos, mas nada impede que também seja utilizado em outro tipo de animal de estimação. A tag custa R$ 9,90 e nela estão gravados um código e o número de uma central telefônica. Uma vez escaneado pela câmera de celulares, este código direciona para o link onde se encontra o perfil do animal hospedado na página oferecida pela empresa. Quem encontrar o bicho vai poder conferir endereço, nome, dono e outras informações.
Além disso, na tela do aparelho aparece o campo para que a pessoa que encontrou o animal insira seu nome, endereço de e-mail e ative o botão “enviar para meu dono”. Pronto, as informações chegarão imediatamente ao e-mail do proprietário do animal, com a localização GPS.
Outra opção para quem encontrou o bicho (caso não consiga ler o código) é ligar para a central telefônica da empresa e desta forma providenciar a devolução do animal à família que o perdeu.
RECONHECIMENTO
A invenção dos potiguares foi selecionada e foi considerada a melhor startup brasileira no Desafio do Salão Nacional de Inovação do Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios – Rio Info 2013, realizado mês passado. No desafio internacional, a Meu Peludo só perdeu para a Startup uruguaia Glam, que simula por meio de um software a aplicação de maquiagem. Na avaliação foram considerados grau de inovação do serviço, potencial de mercado, retorno econômico-financeiro, consistência da estratégia de marketing, qualidade da equipe e vantagens competitivas da empresa.
Os autores do projeto ganharam como prêmio uma viagem à Londres, na Inglaterra, para conhecer o Parque tecnológico inglês. Porém, o prêmio maior foi o reconhecimento da ideia que desencadeou o interesse do publico com a competição. “Depois da Rio Info, a ideia ganhou repercussão e mais publicidade, assim como a procura aumentou bastante”, conta Sérgio Oliveira. O projeto Meu Peludo é atendido pelo programa de startup do projeto de Tecnologia da Informação e Comunicação (Protic) do Sebrae no Rio Grande do Norte. O órgão levou uma missão com 15 empreendedores do estado ao Rio Info, que é considerado um dos principais do segmento na América Latina.
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