Energia solar abre novos horizontes e investimentos no RN

30 de setembro de 2013

Notícia publicada no portal No Ar:

O Rio Grande do Norte, que se destacou nos últimos anos pela busca por energias renováveis devido às condições geográficas e com foco principalmente na eólica, também começa a se tornar um dos estados que saíram na frente pela geração de energia solar fotovoltaica.

Para se ter ideia do que vem representando este segmento energético no mercado, segundo a Bloomberg New Energy Finance, vai adicionar no mundo mais Megawatts do que a eólica pela primeira vez este ano.

Foto: blogs.estadao.com.br

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Segundo o secretário estadual do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Rogério Marinho, a energia fotovoltaica tem todo o potencial para expandir-se e alcançar os investimentos e geração de energia dos parques eólicos instalados no Estado.

“Acreditamos muito no setor de energia solar como importante vetor para o desenvolvimento do estado e a utilização de novas tecnologias no setor de energias renováveis é um das apostas do Governo. O Estado vai construir o Parque Tecnológico em Caraúbas, que terá atuação no segmento de energias renováveis e atuará em parceria com universidades, Petrobras e entidades de pesquisa para fortalecer ainda mais o setor”, explicou Marinho.

Em Caraúbas, no Oeste potiguar, está em articulação uma parceria entre a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), a Petrobras e o grupo espanhol Solatio Energia com expectativa de operação no primeiro semestre de 2014.

O projeto apresentado na Câmara Municipal de Caraúbas prevê investimentos de R$ 165 milhões para sua implantação em uma área correspondente a 150 hectares e contratação de cerca de 100 trabalhadores para a construção e mais 20 técnicos para atuar após a inauguração. Segundo o projeto da Solatio, serão geradas cerca de 30 MW de energia fotovoltaica, capacidade suficiente para abastecer uma cidade de 90 mil habitantes.

Ainda segundo informações da Sedec, o Rio Grande do Norte receberá investimentos em equipamentos fotovoltaicos do grupo italiano Astra Energia, fábrica que atua em países da Ásia, Europa e Estados Unidos, e irá montar até o final do ano a primeira unidade brasileira no município de São José de Mipibu com uma receita de R$ 10 milhões e a criação de 200 empregos, além de cursos de qualificação para a indústria solar. A meta da empresa é gerar uma capacidade inicial de 50 MW de energia fotovoltaica.

A empresa alemã Ebitsch Energietechnik também procurou o Estado e deverá desenvolver um projeto inicial de R$ 5 milhões com a importação de equipamentos fotovoltaicos também para atuar em São José de Mipibu. A empresa estima um faturamento anual de R$ 15 milhões e geração de 20 empregos diretos e 40 indiretos.

Primeira usina fotovoltaica do RN será modelo para o país

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Uma parceria liderada pela Petrobras dentro do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com a SunEdison, líder global no mercado de energia solar, pretende inaugurar até o fim deste ano a primeira usina fotovoltaica do Rio Grande do Norte.

Empreendimento localizado no município de Alto do Rodrigues, distante 200 km de Natal, e que será um modelo para o país no conhecimento da tecnologia e produção fotovoltaica.

Segundo o projeto da Petrobras, está sendo investido cerca de R$ 20,9 milhões com capacidade geração de 1,1 MW, destinado ao Sistema Interligado Nacional, com potencial suficiente de consumo para 1.800 domicílios em um ano. A usina está localizada em terreno adjacente à Usina Termelétrica Jesus Soares Pereira, pertencente à Termoaçu S.A., cujo acionista majoritário é a Petrobras.

Esse projeto compreende ainda a construção de uma plataforma experimental (usina modelo), com capacidade para gerar 10 kW, no Laboratório de Eletrônica de Potência e Energias Renováveis do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e conta com a parceria do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER). A perspectiva é a expansão da rede de laboratórios para teste e certificação de equipamentos, a melhoria de dados públicos sobre geração de energia solar fotovoltaica, bem como a formação de profissionais de níveis técnico e superior dedicados a esta área.

A usina será construída com tecnologia da SunEdison. Os 3.672 módulos solares fotovoltaicos multi-cristalinos Silvantis™ de 290 watts serão instalados com orientadores solares A90. De acordo com o engenheiro e diretor comercial da SunEdison no Brasil, Diogo Azevedo, o Rio Grande do Norte tem todo potencial de radiação e competitividade para avançar com a indústria da energia solar.

“Aqui no Rio Grande do Norte nós estamos com dois projetos em desenvolvimento e parceria com a Petrobras, um deles em Alto do Rodrigues, bem representativo no Brasil. Acredito muito na economia do RN para a energia fotovoltaica, poderia ter entrado mais forte nos projetos do leilão da A-3, mas as condições de radiação e possibilidades de fortes investimentos podem elevar o potencial potiguar”, afirmou Diogo Azevedo.

Segundo Azevedo está sendo desenvolvido pela empresa Elios Soluções, também em parceria com a Petrobras e a Abengoa Solar, um projeto de concentração solar em Guamaré, onde será instalada uma planta de 300 KW, com previsão para entrar em atuação até abril de 2014. “Será iniciada com uma fase de teste dentro da Unidade de Tratamento e Processamento de Fluídos com potencial de 15 MW”, explicou Diogo.

Energia solar é esperança no combate à seca no semiárido do RN

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A tecnologia da energia fotovoltaica além de sua ação primordial de converter a radiação solar em energia elétrica para indústrias, comércio e residências, também se torna uma das armas para o combate à seca que castiga a economia do semiárido nordestino com a escassez de água.

Dentro do projeto denominado “Operação Pipa”, do Ministério da Integração Nacional e assegurado pelo Exército, o Rio Grande do Norte configura-se como pioneiro na instalação do primeiro poço artesanal movido à energia solar do Nordeste, inaugurado no último dia 20 deste mês na comunidade rural de Juá, em São João do Sabugi, distante 293 km de Natal, e responsável por beneficiar 32 famílias que vivem na região.

Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, a obra de perfuração e instalação do poço movido à energia solar, com profundidade de 60 metros e vazão de mil litros de água por hora, contou com investimento de R$ 44 mil.

De acordo com o presidente da empresa Usmaltic, Edmilson Santos, responsável pela tecnologia do painel solar, o painel capta a luz e converte-a em energia para movimentar a bomba hidráulica de forma mais barata que o meio elétrico tradicional e com água de boa qualidade.

“As placas solares têm 25 anos de vida útil, além de ser um sistema protegido com sensores de nível, com controle de capacidade do reservatório, ou seja, usamos tecnologia para diminuir os efeitos da seca, aproveitando o potencial solar”, disse Edmilson Santos.

O agricultor João Tadeu, que doou parte do terreno para a instalação do poço, afirmou que agora a realidade tende a ser diferente. “Antes dependíamos do carro pipa, mas com a persistência do Exército e a tecnologia colocada aqui, vamos ter água”, disse João Tadeu.

A Operação Pipa construirá 200 poços artesianos na região Nordeste. Até o momento foram perfurados 42 poços, sendo 28 no Rio Grande Norte, 3 na Paraíba e 11 no Ceará. Destes, 30 já estão em funcionamento. Os trabalhos estão sendo coordenados pelo 1º Grupamento de Engenharia, sediado em João Pessoa, na Paraíba.

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