O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação divulgou nota em apoio à luta dos servidores da Comunica da UFRN
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) apoia a atuação dos/as servidores/as da Superintendência de Comunicação, gestora das emissoras de Rádio e TV Universitárias de Natal, além da Agência de Comunicação da UFRN, na defesa da comunicação pública.
Em um momento em que o país propõe o fortalecimento de políticas públicas de comunicação e em que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) discute o seu modelo institucional, é inaceitável que uma universidade pública atue na contra-mão desse esforço.
Os/as servidores/as denunciam o desmonte da comunicação pública, a falta de condições de trabalho, as perseguições e à censura aos veículos públicos gerenciados pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Recentemente, o problema foi denunciado em carta aberta à reitoria e à sociedade (http://sintestrn.org.br/2015/wp-content/uploads/2015/09/CartaAbertaReitora.doc.pdf), na qual foram cobradas mais democracia e participação social na gestão da comunicação da universidade.
A Rádio Universitária FM, em seus 14 anos de existência, e a TV Universitária, no ar há 42 anos, são o embrião fundamental do sistema público de comunicação no Rio Grande do Norte. São as únicas emissoras abertas que podem se contrapor ao monopólio midiático privado que domina a paisagem comunicacional do estado, e que se repete em boa parte das cidades brasileiras.
Acreditamos que é fundamental que a reitoria reconheça o caráter público das duas emissoras, democratizando a gestão dos veículos e garantindo a participação da comunidade nas definições de sua gestão.
Pelas suas características constitutivas e missão pedagógica e transformadora, a universidade pública deve ter um compromisso ético com a criação de um ambiente midiático que não reproduza as distorções históricas da comunicação privada brasileira.
Para isso, deveria servir de referência, fazendo de seus veículos de comunicação o exemplo no qual a sociedade deve se pautar, ao contrário de simplesmente reproduzir relações de poder verticalizadas, que desprezam a participação da própria comunidade acadêmica e, de maneira mais ampla, excluem a contribuição da sociedade civil.
Brasília, 15 de setembro de 2015.
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