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Às 20h10, o TSE finalizou a totalização dos votos em Mossoró. Francisco José Júnior foi eleito prefeito obtendo 68.915 votos, 88,32% dos votos válidos. Cinquentinha obteve 3.825 votos, Josué Moreira 3.025 votos e Gutemberg Dias 2.265 votos.

Foram contabilizados 52.053 votos nulos (38,70%). Esse total de votos nulos inclui os votos de Larissa Rosado, que obteve cerca de 37.053 votos.

O número de abstenção também foi alto: 30.429 (18,45%). O número de votos em branco foi de 4.428 (3,29%).

Eleição tranquila

Na sede do TRE, o juiz eleitoral Herval Sampaio Júnior fez um balanço do processo de eleição suplementar em Mossoró. Herval considerou o processo tranquilo. “Foi difícil fazer a biometria e a eleição ao mesmo tempo, mas consideramos que a eleição em si como tranquila”, destacou o juiz.

A juíza Ana Clarisse Arruda destacou eficiência da Justiça Eleitoral no pleito suplementar de Mossoró. “Atendemos a todas as denúncias que recebemos e tudo foi devidamente apurado”, disse.

Foto: Portal No Ar

Francisco Dantas

Os candidatos pela Coligação “Unidos para Avançar”, Maria Aparecida Araújo (DEM) e Anaximandro Lopes (PR) obtiveram a maioria dos votos na eleição suplementar ocorrida em Francisco Dantas, no entanto, por estarem sub judice e não terem o registro de candidatura aceito pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), eles terão que aguardar decisão da Justiça Eleitoral para só então assumirem seus respectivos cargos.

Maria Aparecida e Anaximandro Lopes terão até o dia 31 deste mês, quando deverá ocorrer a diplomação dos candidatos vencedores no cargo, para obterem resultado favorável do TRE para assumirem, do contrário os diplomados serão Wandeilton Bezerra (PTB) e Ênio Monte (PMDB).

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Eleito prefeito, Silveirinha destaca fim de hegemonia política do DEM em Mossoró

Saiu no Portal No Ar:

O prefeito eleito de Mossoró, Francisco José Júnior, também conhecido como “Silveirinha”, concedeu sua primeira entrevista coletiva na condição de efetivo após a apuração dos votos na noite deste domingo (4) e já alfinetou os principais grupos políticos da cidade.

“É um marco sinalizador do que se viu em junho do ano passado. O povo quer mudanças, rechaça os acordões. Essa é a ruptura de um sistema antigo de política. Mas vou governar para todos, vou dar continuidade aos projetos que estava realizando, sobretudo na área da mobilidade. Só tenho a agradecer a população de Mossoró”, agradeceu o prefeito eleito.

Mossoró sempre foi conhecida por manter governos com sobrenomes tradicionais da terra que vão desde Maia, passando por Rosado, até Ciarlini. Sempre políticos ligados ao DEM. Porém, quem venceu a eleição suplementar de hoje foi exatamente o político que foi eleito vereador pelo PSD com pouco mais de dois mil votos há dois anos. Não bastando, ele teve como vice um outro vereador só que do PT, principal adversário do DEM.

Nem o melhor dos otimistas acreditaria que o vereador que disputou a presidência da Câmara Municipal de Mossoró no início do ano passado poderia vir a ser prefeito eleito democraticamente pelo povo cerca de um ano depois. Mas assim foi. Silveirinha montou uma base sólida contra um palanque forte composto por PSB e PMDB dos grandes líderes Wilma de Faria e Garibaldi Filho.

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Eleição suplementar de Mossoró registra abstenção recorde de 18,45%

Portal No Ar:

A eleição suplementar de Mossoró teve um resultado bastante claro além da vitória de Francisco José Júnior, o “Silveirinha”: o eleitorado mossoroense está insatisfeito com a classe política. O pleito deste domingo registrou uma abstenção de 18,45%, o que representa a ausência de 30.429 mossoroenses. Além da clara insatisfação que já vem sendo registrada desde os protestos do ano passado, a confusa situação eleitoral da ex-prefeita Cláudia Regina e deputada Larissa Rosado, que tentaram disputar o cargo, também influenciou.

A eleição foi bastante confusa na cabeça de muitos eleitores. Até a semana do pleito não se tinha a certeza de quem seriam os candidatos. Vários foram os processos e recursos na Justiça Eleitoral envolvendo, principalmente, Cláudia Regina e Larissa Rosado. Esse cenário, inclusive, pode ser reflexo dos resquícios dos protestos. Alguns com causas bem definidas e outros com tom anárquico contra tudo e contra todos.

Organizada, sim. Mas confusa também. Esse foi o sentimento do eleitorado mossoroense neste domingo (4) para a escolha do novo prefeito que vai ser o gestor pelos próximos três anos e oito meses. Alguns eleitores de Cláudia Regina optaram por votar em Francisco José Júnior, o “Silveirinha”, para não dar o braço a torcer para Larissa Rosado, já que a disputa entre elas vem desde o pleito passado. Já outros optaram por votar nulo ou em branco, já que na última quinta-feira (1), Cláudia Regina desistiu da candidatura e anunciou que não apoiaria ninguém. Outros ainda devem ter votado em Larissa, mas, ao que tudo indica, uma pequena minoria.

Além das indefinições sobre quem seria candidato, afinal, em um dia informações judiciais davam conta de que uma delas seria candidata e no outro não mais, ainda há reflexos do que se viu de protestos. Esses que vem acontecendo desde o ano passado por vários problemas no país, que terminaram gerando a descrença na classe política. Os políticos estão com a imagem destacada prova maior aconteceu essa semana nos dois jogos do América na Arena das Dunas. Na final do Estadual, a torcida alvirrubra vaiou o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, um dos responsáveis por conseguir o patrocínio da Caixa. No Clássico-Rei (ABC x América) foi a vez de Gustavo Carvalho, presidente do Clube já campeão, ser vaiado. Sim. Presidente, campeão e vaiado.

O grande número de abstenções, de votos em branco e votos nulos pode antecipar um pouco do que deve ser as eleições de outubro desse ano em que os eleitores potiguares escolherão o governador, os deputados estaduais e federais, o senador e o presidente da República.

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