Notícia publicada no portal No Ar:
O Rio Grande do Norte está na contramão do Brasil na questão da inadimplência. De acordo com o Departamento Econômico do Banco Central (BC), o crédito das famílias brasileiras caiu para 6,7%, em novembro, enquanto o RN aumentou em 4,8% no mesmo período. No acumulado do ano, o índice potiguar está em 17,2%.
O coordenador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) no estado, Augusto Vaz confirma que os índices de inadimplência no RN não são positivos a partir de julho deste ano, apresentando dados “fora do padrão nacional”. Ele aponta como um dos fatores para desencadear a inadimplência dos potiguares a dificuldade de pagamento por parte do governo estadual.
“Temos esta situação específica, parte da economia depende muito do dinheiro público, isso afeta os resultados da inadimplência”, explica Augusto. O coordenador do SPC acrescenta que o período de final de ano e os seis meses que antecede a Copa do Mundo também influenciaram o aumento do índice. “Muitas das obras previstas não aconteceram e com obras há a injeção de recursos”, afirma.
Mesmo apontando esses fatores, Augusto Vaz declara que “é difícil explicar a situação econômica do estado, que é alarmante”. Vaz completa que mesmo com a injeção do 13º salário, a inadimplência continuou crescente.
O coordenador do SPC explica que o quadro não deve mudar no inicio de 2014, nos meses de janeiro e fevereiro, pelos gastos com material escolar e os pagamentos do IPTU e IPVA. “Esses meses são ingratos, tem o crescimento da inadimplência. É difícil de prevê, a situação é preocupante”, dispara.
Para inverter o quadro, Vaz acredita que a continuação das obras, como a padronização de calçadas, o complexo de viadutos em torno do Arena das Dunas e os acessos ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante devem melhorar o cenário dos inadimplentes. Outros dois eventos são apontados por Augusto que devem fazer a diferença nos índices.
“O evento Copa do Mundo tem uma expectativa boa, pelo dinheiro que pode trazer, com a vinda dos turistas. E as eleições, também podem melhorar o quadro. É ruim para parte do comércio, que por um período cai a movimentação, mas por outro lado é bom, porque movimenta a economia”, encerra.
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