Inframérica planeja novas rotas aéreas para o Rio Grande do Norte em 2015

30 de julho de 2014

Notícia do portal No Ar:

Com a inauguração do Aeroporto Internacional Governador Aluizio Alves, em São Gonçalo do Amarante, o consórcio Inframérica, responsável pela administração do terminal busca novos voos para operar no Rio Grande do Norte. O diretor comercial da empresa, Roberto Luiz de Oliveira, afirmou que há um estudo sendo elaborado para mapear as potencialidades de novas rotas e buscar a instalação das companhias aéreas.

O diretor da Inframérica contou que será necessário o apoio com o setor turístico do Rio Grande do Norte onde quer “somar forças”. “Nosso trabalho já estamos fazendo, mas só o aeroporto não vai trazer companhia aérea”, declarou. Além disso, Oliveira citou quais os fatores para atrair novas companhias e novos voos.

Confira entrevista:

Que fator facilitaria a vinda de novos voos para o Rio Grande do Norte?

Uma coisa importante que a gente tem hoje é o aeroporto. Nós temos um aeroporto com alta tecnologia, todo interativo, de uso comum. Qualquer companhia aérea que quiser operar aqui, em dois dias, a gente coloca o sistema para funcionar. Não precisa trazer computadores, totem, tudo isso ajuda muito. Outro aspecto fundamental que, principalmente no caso de Natal a gente vai trabalhar bastante junto, é com toda a comunidade de turismo. As empresas que eu tive até agora e quando se fala em Natal tem muito interesse pela hotelaria, a participação de eventos de turismo, marketing.

Saguão do aeroporto internacional Aluizio Alves. (Foto: newsavia.com)

Saguão do aeroporto internacional Aluizio Alves. (Foto: newsavia.com)

A diminuição dos de 17% de ICMS no combustível é necessária?

A redução do imposto sob o combustível é muito importante, é uma coisa que a gente já tem a experiência em Brasília e impactou bastante. Mas quando você fala em companhias aéreas internacionais, o ICMS não se aplica, pelos acordos bilaterais que existe entre os países, as empresas são isentas nos dois países da ponta do imposto. Mas é lógico que ajuda, porque se reduz o ICMS, vai ter mais voos domésticos, melhorar a conectividade e hoje é impossível operar um voo internacional sem conectividade. A malha doméstica em Natal ainda é bastante pobre, então uma redução do imposto ajudaria a desenvolver a mais malha doméstica, com isso vai gerar mais capilaridade para trazer voos internacionais.

Existe algum cronograma para as companhias se instalarem no aeroporto?

Nós estamos numa fase que é de medir o mercado. A gente pediu um estudo de mercado para uma consultora de Manchester, em Londres, com base em bancos de dados internacionais que vão mensurar quais os destinos com mais capacidade, com isso a gente monta um plano de negócios e vai visitar as companhias aéreas para captar os voos. O planejamento de um voo internacional requer pelo menos dois anos, tem planejamento de frota, tripulação.

Para quando podemos esperar essas novas empresas e novos voos?

O estudo está sendo realizado, esse mês será finalizado. O trabalho com as companhias já começou. Vamos participar da feira World Routes, em Chicago nos Estados Unidos, onde temos por volta 25 reuniões com companhias aéreas e vamos levar o material de Natal.

Tem algum continente que é mais viável para entrar na nova rota?

A gente analisa todos os continentes. É um trabalho dinâmico, por formulas matemáticas, vai buscando, vai fazendo o mapeamento.

Qual a avaliação que o senhor faz da demanda de passageiros no RN?

A avaliação que a gente tem hoje é que ela caiu nos últimos anos, isso todo mundo vê. O que nós temos é que incentivar esse tráfego, ou seja, por isso que a gente está fazendo esse estudo. Acredito que o estímulo em Natal será muito grande, mas tem que começar a trabalhar, a trazer voo, até para poder esses voos servir de referência para captar outras empresas.

Com a sua experiência, Natal tem potencial de voos como Brasília tem?

São diferentes. Natal é um turismo mais receptivo, Brasília tem o tráfego exportativo. O que a gente tem em Brasília e ajudou muito na redução do ICMS, é um hub muito forte, temos uma malha doméstica muito forte, o que em Natal não é muito forte. A gente tem que trabalhar nessa frente de aumentar. Qualquer planejamento de rota para Natal internacional seria para o segundo semestre de 2015, não aconteceria nada antes.

O que é necessário para o RN está dentro das novas rotas?

Economia é muito importante, ter atrativos econômicos, para que as companhias possam vim e ter sucesso. No caso de Natal, como é receptivo, é uma forte hotelaria, uma promoção forte do Estado, é melhorar a malha doméstica, que a gente pode conseguir um bom resultado com a redução do ICMS. Tem que ter atrativo.

Outros estados do Nordeste tem um bom fluxo aéreo, como Ceará, Bahia. Ainda há espaço para o Rio Grande do Norte?

Com certeza, essa indústria é enorme. A indústria do turismo não tem limite, o crescimento é exponencial. Com certeza tem, disso eu não tenho duvida.

Para as empresas operarem no aeroporto do Rio Grande do Norte não precisa investir em nada, já tem toda infraestrutura. Então o que falta para elas se instalarem de fato?

Passageiro. Para atrair tem que promover o Estado, tendo uma boa hotelaria, um bom preço, tendo bom serviço, tem que ter atrativos. O momento agora é importante, porque todo passageiro que veio para Copa do Mundo voltou encantado com o Brasil e querem voltar. Acho que é um bom momento para aproveitar esse sentimento positivo.

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