Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Liquida Natal projeta um crescimento recorde de 15%

17 de julho de 2013

Notícia publicada no Jornal de Hoje:

Para alcançar a meta de crescimento de 15% em relação ao ano passado, a 12ª edição do Liquida Natal, que acontece entre os dias 19 de agosto e oito de setembro, terá que ultrapassar a marca de vendas de R$ 200 milhões e distribuir mais de 40 milhões de cupons que atrairão consumidores para uma sedutora cesta de prêmios.

Mas, para alcançar esse desempenho que vem mantendo o crescimento médio do Liquida Natal a invejáveis  taxas anuais de 10%, os organizadores começam a preprará-lo com o mínimo de sete meses de antecedência.

Foto: tribunadonorte.com.br

Foto: tribunadonorte.com.br

Durante esse tempo, os mais de quatro mil lojistas participantes aperfeiçoam-se na gestão de seus estoques, treinam pessoal e, principalmente, produzem preços aos clientes que façam jus ao nome “promoção”.

“O que diferencia os descontos de varejo é o conteúdo de verdade que cada um tem. Quem promete tem de cumprir ou corre o risco de ficar desacreditado”, ensina o economista Bernardo Farias, o precursor dos “Liquida” em todo o Brasil e que deixou de lado o diploma de advogado para se dedicar quase exclusivamente à manutenção desses eventos comerciais.

De Salvador para o resto do país, os ‘Liquida’ nasceram para socorrer o comércio em épocas de baixa, quando os clientes desaparecem das lojas por uma razão ou outra. No caso do primeiro evento soteropolitano e de outras capitais nordestinas, o objetivo foi minimizar o efeito devastador que o Carnaval tem sobre o movimento lojista.

Para o idealizador, Bernardo Farias, uma forte mídia, credibilidade e bons prêmios – não necessariamente nessa ordem – fazem a receita do sucesso do Liquida. Em Natal, a data mais forte depois do Natal – até mesmo que o Dia das Mães -, o evento foi criando na opinião pública a certeza de descontos reais nas mercadorias.

Mas o que seria um desconto vantajoso num ambiente lojista marcado por promoções quase todos os meses, especialmente no segundo semestre? Bernardo Farias arrisca dizer que 30% de desconto real já é um “excelente” negócio.

Ele explica que o lojista não é obrigado a descer os preços, mas quem tem um adesivo do “Liquída” precisa honrar o espírito da promoção de oferecer ao consumidor, além de uma premiação generosa, preços de ocasião que realmente falem por si.

Este ano, no pacote a ser sorteado, estão um apartamento da Capuche, uma S10 zero quilômetro, cinco caminhões e cinco televisores de 50 polegadas.

No ano passado, a Ecocil ofereceu o imóvel sorteado e a própria empresa mergulhou na promoção, oferecendo preços de ocasião em seus lançamentos. Esse comportamento fez escola e agora outra construtora entra da atmosfera, ingressando num segmento do varejo relativamente novo nesse mercado.

As regras já são conhecidas: a cada R$ 25,00 reais em compra o consumidor recebe um cupom e a cada compra de R$ 25,00 nos terminais da Redecard, dois cupons.

Segundo Bernardo Farias, a Copa das Confederações e os “legítimos” protestos de ruas que marcaram o mês de junho pelo país foram fatores de prejuízo para o mercado varejista. Por isso mesmo ele espera que, neste Liquida Natal, haja uma descompressão da demanda reprimida e o consumidor ganhe as ruas na espera de bons negócios.

“Eu espero este ano um Liquida Natal atípico, mais movimentado, onde o real sentido da oportunidade movimente os negócios do varejo”, diz ele.

Fazendo o dever de casa, a Câmara de Diretores Lojistas (CDL) começa uma grande campanha publicitária nas mídias eletrônica e impressa, lançando outdoors  em vários pontos da cidade, além de material nas redes sociais, blogs, material gráfico em pontos de venda e ações promocionais de rua.

Dessa forma, o evento atenderá ao quesito “divulgação” de que fala Bernardo. Já “promoção” e “credibilidade” vieram um em decorrência do outro. Para o especialista, é a certeza que os descontos são para valer que criam a tradição e atraem os consumidores em números maiores.

A consequência disso é um giro maior do estoque, mais arrecadação de ICMS para o Estado e o município, e fôlego financeiro para os lojistas, girando a roda que movimenta o comércio desde os tempos imemoriais.

Ontem, uma comitiva do CDL Natal fechou o apoio com o Governo do Estado. A própria Rosalba Ciarlini, depois da audiência com a comitiva liderada pelo empresário Amauri Fonseca, presidente da CDL, reconheceu que a expectativa em torno da Liquida Natal é sempre muito grande, pois é um período que aquece o movimento do comércio na capital, além de contribuir também para o aumento da arrecadação.

A fórmula do Liquida, iniciada por Salvador e que teve Natal como a segunda capital a adotá-lo, deve se expandir no segundo semestres por outros centros como Florianópolis, Belém, Aracaju e Teresina.

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