Notícia publicada no portal No Ar:
Os médicos do Rio Grande do Norte realizaram nesta quinta-feira (25) um ato público na Rua João Pessoa, na Cidade Alta, zona Leste de Natal, buscando melhores condições de trabalho e valorização profissional por parte dos planos de saúde e cooperativas.
O movimento faz parte do Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde, que pede o pagamento de honorários pautados em reivindicações aprovadas durante a última reunião ampliada da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (CNSS) onde reajustaria o valor da consulta no RN de R$ 54 para R$ 67,82, valor acordado em 2012 pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
A categoria também pede o reajuste dos procedimentos dos planos e um contrato baseado na proposta das entidades médicas nacionais e o apoio ao Projeto de Lei 6.964/10, que trata da atualização periódica dos reajustes salariais pagos aos médicos.
Outro ponto da pauta local é a diminuição das filas de espera dos consultórios médicos que, segundo a vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, Mônica Cristina Lima Campos, vem gerando um desgaste na relação médico-paciente, mas que poderia ser resolvido com a contratação de mais especialistas.
“Esta ação pública é para mostrar as dificuldades dos médicos, que lidam com a burocracia desnecessária dos planos, que atrapalham os profissionais com longas filas de espera nos consultórios, tornado a relação com os médicos desgastada, além de penalizar os usuários que buscam um atendimento de qualidade”, explica a médica.
E pensando nestes pacientes, o sindicato optou pelo ato público com panfletagem, ao invés da paralização de advertência. “Nos dois anos anteriores nós paralisamos as atividades, porém esse ano ficou a cargo de cada sindicato escolher. E nós optamos pela encenação e panfletagem, pois os pacientes não podem sofrer mais punições além das que os planos os impõem com as longas filas de espera”, comenta a vice-presidente.
O movimento também contou com o diretor de defesa profissional da Associação Médica do Rio Grande do norte (AMRN), Julimar Nogueira, que explicou sobre o aumento de usuários dos planos que tem um acréscimo 4% e uma média de lucro anual que circula por volta de 14% no Brasil, onde os médicos recebem apenas 6%.
“Hoje os planos faturam por ano um total de R$ 83 bilhões por ano, onde as despesas destes é de R$ 50 bilhões. Nós apenas exigimos o que nos é de direito e que os planos melhorem sua assistência que é precária e predatória, onde não existe o diálogo”, informa Julimar Nogueira.
O diretor informou que no Brasil existem aproximadamente 300 mil médicos filiados aos planos de Saúde que passam por “uma crise sem precedentes, onde existe um afunilamento do sistema que prejudica os pacientes e gera acordos unilaterais devido a não existir um acordo definido entre as partes”.
A manifestação desta quinta é apoiada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e também pelas filiadas e federadas.
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