Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Memorial do Esporte guarda acervo que reconta a história do futebol

8 de dezembro de 2014

Notícia publicada no portal O Jornal de Hoje:

Marcelo Lima

marcelolimanatal@yahoo.com.br

Dificilmente alguém imaginaria que a Academia da Polícia Militar do Rio Grande do Norte poderia encontrar um dos maiores acervo sobre o futebol dentro do Estado. É num espaço de 40 metros quadrados que uniformes, troféus, fotos, chuteiras, bolas e outras relíquias do mundo da bola estão expostas para quem quiser ver.

As peças que hoje fazem parte deste memorial começaram a ser reunidas em 1998 pelo tenente Antonio Campos de Lima. Porém, há peças que datam da metade do século passado. A mais antiga é um porta cigarros produzido para a Copa do Mundo de 1958 (primeira vitória do Brasil) com o intuito exato de ser tornar uma lembrança no futuro.

Outra que ele aponta com orgulho é o relógio usado por toda a comissão técnica e a seleção brasileira na Copa de 1994. Mas não é só a Seleção Brasileira que tem sua marca no memorial. Um par de chuteiras de Ronaldinho Gaúcho deixa os fãs do esporte mais popular do mundo surpresos. O artigo foi usado em num clássico do campeonato espanhol 2004/2005, em que o jogador brasileiro enfrentou o Real Madrid pelo Barcelona.

“É fantástico isso aqui. Em Natal, não tem nada parecido”, essa foi a impressão de Olívio de Souza, farmacêutico e bioquímico que em breve será oficial da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Ele soube do memorial durante as aulas na Academia da PM e ontem pela manhã levou o filho Samuel, de nove anos, para ver o acervo (foto maior).

Foto: O Jornal de Hoje

Foto: O Jornal de Hoje

O que mais impressionou a dupla de alvirrubros (pai e filho torcem pelo América/RN e Flamengo/RJ) foram as réplicas de troféus e as maquetes de estádios. Além de sete arenas inauguradas especialmente para a Copa do Mundo de 2014, o memorial também possui maquetes do estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid, e do Camp Nou, do Barcelona.

As miniaturas das taças Libertadores, de 1960 a 2012, também chamaram atenção de Olívio durante a visita. Desde 2012, o memorial já recebeu 889 pessoas. Com entrada livre, escolas, organizações não-governamentais e todo tipo de entidade pode agendar uma visita ao local, o que também pode ser feito individualmente sem a necessidade de agendamento.

Rede de amigos

Para conseguir todas as 200 peças (número aproximado), o tenente Campos teve que contar com a ajuda de familiares e amigos espalhados por todo Brasil. Natural do Rio de Janeiro, um dos principais colaboradores foi o seu irmão que ainda mora no Estado onde a Confederação Brasileira de Futebol é sediada. “O senhor Moisés Campos de Lima era chefe da segurança da delegação brasileira na Copa de 1994″, contou o tenente. Logo fica explicado como ele conseguiu um dos relógios usados pelos membros da comissão e Seleção Brasileira, assim como camisas e bolas oficiais do mundial dos EUA.

A peça que ele cultiva como a mais rara, o porta caixa de cigarros de 1958, foi o presente de um amigo do Clube de Empregados da Petrobrás, chamado “Dantinha”. E em cada peça, o tenente campos faz questão de colocar o crédito do doador. “As chuteiras de Ronaldinho Gaúcho, eu consegui com um amigo meu daqui de Natal. Ele me presenteou com a chuteira que ia dar ao pai”, disse. Inclusive, as travas da chuteira ainda estão com areia, que segundo ele, é da partida final do campeonato espanhol. As taças da Libertadores em miniatura também foram presente de um irmão de um amigo que mandou da Argentina.

Do campo ao Quartel

Embora tenha começado a reunir todo o acervo na década de 1990, a paixão pelo futebol vem desde sempre. Tanto é que antes de entrar para a PM/RN em 1985, o tenente Campos foi jogador de futebol.”Eu cheguei aqui no Rio Grande do Norte em 1982 para jogar pelo Potyguar de Currais Novos e em 1983 vim para a capital defender o Riachuelo Atlético Clube”, contou. Antes disso, ainda no Rio de Janeiro, ele vestiu a camisa da Portuguesa Carioca.

A motivação para montar o memorial é antiga e nasceu exatamente do desejo de manter-se próximo à paixão nacional. “A primeira coisa é pelo fato de eu ter sido jogador de futebol, pela paixão pelo esporte. E a montagem do memorial também era um sonho antigo, que devido a meu empenho e de amigos, nós conseguimos. Graças a Deus em primeiro lugar”, disse.

E quem pensa que o memorial só tem espaço para os grandes europeus e a seleção brasileira se engana. O tenente Campos faz questão de também ter em exposição as camisas oficiais de boa parte dos times locais. Uma delas inclusive foi usada por Túlio Maravilha na ocasião do milésimo do gol da sua carreira, feito quando passou pelo Potyguar de Currais Novos em uma temporada limitada exatamente com o objetivo de conseguir os mil gols.

Clique aqui para ver a publicação original

Deixe seu comentário:

© 2015 RioGrandedoNorte.Net - Todos os Direitos Reservados

O RioGrandeDoNorte.Net seleciona as notícias mais importantes da semana a partir das mais confiáveis fontes de informação setorial. Em algumas delas, agregamos o noticiário de um assunto em um só item, ressaltamos (negritando) ou até comentamos (grifando) a notícia original, caso pertinente.