Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Natal está na mira dos grandes Call Centers

5 de abril de 2013

Notícia publicada no portal Jornal de Hoje:

Com a atividade exaurida no Sudeste, a migração crescente de call centers para o Nordeste, que aumentou de 9% em 2009 para 11% no final do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente (Abrarec), já foca a capital potiguar como área em potencial para investimentos do setor.

Entre as centrais de atendimento que já funcionam em Natal está uma inaugurada em 2012 e que serve exclusivamente as lojas Riachuelo, com 1.500 posições operando em seis mil metros de área. Mas agora outros players do segmento que fatura bilhões por ano querem mais.

Nesse exato momento, a Federação dos Trabalhadores em Telecomunicações e o Sindicato do setor no estado trabalham junto com a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Natal (Seturde), para instalar um mega call center na Ribeira, onde já existe uma lei da última gestão do prefeito Carlos Eduardo concedendo regime especial para empresas que se instalem ali.

Foto: www.minaslivre.com.br

Foto: www.minaslivre.com.br

Segundo o secretário Fernando Bezerril, da Seturde, a importância de atrair para a Ribeira as estruturas de call centers atende, ao mesmo tempo, duas prioridades: aumentar a oferta de postos de trabalho, especialmente entre os jovens que buscam o primeiro emprego, e agregar valor ao projeto de revitalização do bairro da  Ribeira, que receberá em setembro o Terminal Marítimo de Passageiros no Porto de Natal, além de projetos culturais importantes como o Museu da Rampa.

Em cooperação com a Federação e o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicação, a Seturde começou esta semana um trabalho de prospecção de espaços para receber um call center que terá como clientes grandes companhias ligadas a produtos e serviços de alcance nacional e internacional. O grupo é escolhido por licitação federal.

O call center, que hoje tem pelo menos meia dúzia de grandes players no Brasil, nada mais é do que uma estrutura com objetivo de centralizar o recebimento de ligações telefônicas, distribuindo-as automaticamente aos atendentes que realizam o atendimento aos usuários finais. E a gama de serviços que eles prestam é imensa: desde a realização de pesquisas de mercado por telefone, vendas, retenção e outros serviços que incluem a conectividade de Internet.

Hoje, nos chamados PA’S (Posições de Atendimento), os operadores trabalham com terminais ligados em rede que permitem consultar e efetuar registros das chamadas e dos atendimentos realizados e contam com softwares que monitoram e gravam as ligações telefônicas e controlam o fluxo das chamadas, fornecendo dados que monitoram seus próprios recursos humanos e tecnológicos.

Segundo a dirigente da Fenattel, Iara Martins, entre as condições de instalação de uma estrutura como essa depende dos incentivos oferecidos pelo município que se encontre instalações com grandes espaços à disposição para alugar, pois se trata de uma atividade que absorve grande contingente de mão de obra.

Na última quarta-feira (3), Iara e o presidente do Sinttel, Gilberto Pirajá, tiveram uma reunião com o secretário Fernando Bezerril, que se comprometeu a ajudar no trabalho de buscar áreas dentro da Ribeira para receber as instalações. Nesta quinta-feira (4), Bezerril disse que a atração desse tipo de investimento para a Ribeira, que passa hoje por um processo de revitalização enquanto bairro histórico, “é muito bem vindo”.

O segmento de telemarketing ingressou como disciplina na área acadêmica em 2005 e, desde então, passou por um processo de profissionalização e sofisticação de suas ferramentos de trabalho. Na maioria dos países, as estruturas servem não apenas suas próprias fronteiras territoriais, como atual em nível global, com serviços em três idiomas.

Segundo Iara Martins, um call center para 600 posições está em fase de instalação em Mossoró e deverá fornecer serviços para outros países da América Latina. “Tudo é uma questão do serviço encontrar um nicho de negócio e vantagens competitivas para se instalar”, lembrou. Pernambuco é o estado brasileiro que mais sedia call centers.

Para o secretário Fernando Bezerril, a presença da atividade representa a possibilidade, além de trazer divisas, abrir no mercado possibilidades reais de novos postos de trabalho para jovens que poderão, mediante treinamentos rápidos, acessarem o mercado de trabalho e a partir daí melhorarem suas condições de disputar ascensão no cada dia mais concorrido mercado de trabalho.

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