Confira notícia publicada no Novo Jornal:
O Porto de Natal não deverá contar com o novo cais (ou berço, no jargão náutico) e as defensas da Ponte Newton Navarro antes de 2017. A informação foi repassada pelo diretor presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Emerson Fernandes. O gestor, porém, afirmou que os cronogramas estão rigorosamente em dia e o andamento das ações é satisfatório.Atualmente, a Codern aguarda a entrega do anteprojeto que norteará as obras, cujo prazo de entrega foi fixado em 15 de agosto pela empresa responsável, a Hidrotopo Consultoria e Projetos, sediada no Rio de Janeiro.
A direção da Codern estima que as atividades portuárias do Estado poderão receber um incremento de até 30%, quando as estruturas estiverem prontas, pois, segundo Fernandes, “a demanda para utilização do berço 4 já existe. Tem muitos armadores (donos) de navios que têm interesse em mandar as embarcações para cá, mas não o fazem por falta de espaço”.O Porto de Natal conta, hoje, com três berços – dois com pouco mais de 200 metros e um com 140. A instalação de um novo cais, previsto para medir 220 metros e alinhado com o berço 3, possibilitaria uma área total de 360 metros para ancoragem, o que comporta cargueiros muito grandes e gera um forte atrativo para a estrutura potiguar.
Na prática, o Porto, que hoje tem capacidade para abrigar dois navios grandes e um médio, poderá receber até quatro embarcações de grande porte quando o novo berço ficar pronto. A construção de um novo pátio para receber cargas no berço 4 propiciará, também, uma maior agilidade operacional ao terminal portuário, o que configura mais um atrativo para o Porto de Natal, segundo os administradores da Companhia.Outro ponto ressaltado pela direção da Codern é que a forma como o novo cais será estruturado permitirá a realização de novas dragagens no leito do Potengi, caso seja necessário, abrindo espaço para a atracação de cargueiros ainda maiores.
Grosso modo, dragagem é um procedimento que cava o leito do rio para permitir a passagem de navios com ‘calado’ maior. O calado é a distância entre a superfície da água e a quilha da embarcação – hoje o calado no leito do Potengi mede 12,5 metros. “Isso não está programado, atualmente, mas poderá eventualmente ser feito. Deixamos uma margem para que o leito possa receber dragagens que aumentem o calado para até 17 metros”, esclareceu Fernandes.
Única etapa já cumprida no projeto de ampliação do Porto de Natal, a primeira dragagem do rio Potengi foi concluída em julho de 2012 e reconhecida pela Capitania dos Portos no ano passado. A obra, que custou mais de R$ 40 milhões, foi feita exatamente para possibilitar a entrada de grandes navios, assim como aumentar a eficiência do complexo portuário, mas, por conta da ausência das defensas, o terminal portuário não recebe embarcações de grande porte nem navios no período noturno, por exemplo.
Além disso, as embarcações maiores necessitam de auxílio de rebocadores para a entrada no estuário da capital, aumentando o preço da operação.O custo global da obra, antes estimado em cerca de R$ 180 milhões, deverá ser atualizado e certamente irá superar a casa dos R$ 200 milhões, conforme relatou o diretor-presidente da Codern. “Esse valor antigo foi considerado há cinco anos e não contemplava a instalação das defensas. Com a atualização dos preços e o acréscimo do serviço complementar, o valor fatalmente irá superar os R$ 200 milhões, mas não tenho como precisar os custos antes de analisar o anteprojeto”, declarou. As defensas a que se referiu Emerson Fernandes são estruturas que protegem os pilares da ponte contra o choque de navios.
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