Notícia publicada do DN Online:

O médico Francisco Braga, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremern) e plantonista do Hospital Walfredo Gurgel (HWG), confirma que um idoso foi retirado do necrotério da unidade de saúde na manhã desta terça-feira (6) após um maqueiro tê-lo visto respirar. Segundo o doutor, o caso agora está sendo analisado pela Comissão de Revisão de Óbito do hospital.

Francisco Braga é vice-presidente do Cremern e plantonista do Hospital Walfredo Gurgel. (Foto: DN Online)

O médico diz ter conversado com o maqueiro que levou o idoso, cuja identidade está sendo preservada, para o necrotério. “Ele disse que viu o paciente inspirar. Imediatamente, o idoso foi levado para a sala de reanimação e foi entubado”.

Francisco Braga relata que, segundo informações que obteve no hospital, o idoso chegou a respirar com ajuda de aparelhos. Um eletrocardiograma foi feito após a reanimação e o paciente apresentou sinais de atividades elétricas no corpo. Contudo, após duas horas na reanimação, o idoso veio à óbito.

Segundo o planonista do HWG, o idoso era paciente da Clínica Médica do hospital. Ele apresentava uma doença crônica e utilizava, inclusive, um marcapasso.

Francisco Braga afirma que caso seja encontrada alguma irregularidade no procedimento com esse paciente pela Comissão de Revisão de Óbito, o caso será encaminhado para a Comissão de Ética do Cremern.

Um técnico em enfermagem que trabalha no serviço de atendimento móvel de urgência (Samu) entrou em contato com a redação do DN Online por telefone na manhã desta quarta-feira. Ele alega que estava na Clínica Médica do HWG, por volta das 9h desta terça, quando viu o maqueiro pedir auxílio de médicos no necrotério. “Havia dois médicos de plantão na Clínica quando isso aconteceu”, garante ele. Um dos médicos, cujo nome será preservado, retirou o paciente do necrotério e o levou para a animação, segundo a testemunha. “Estão querendo abafar. Mas aconteceu, eu estava lá”, garante o servidor do Samu.

A assessoria de imprensa do Walfredo Gurgel informou no início da tarde desta quarta-feira (07) que o hospital só vai se pronunciar sobre o assunto após que a conclusão da sindicância aberta para apurar o fato.

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