Notícia publicada no caderno Natal da Tribuna do Norte:

Os 13 pontos do calçadão de Ponta Negra – num trecho de aproximadamente 530 metros, destruídos pela maré  – deverão receber uma estrutura de concreto para amortecer o impacto da maré sobre a área urbanizada da orla e evitar novos prejuízos causados pela erosão. O projeto está em fase de conclusão para ser enviado ao Ministério da Integração Nacional, segundo o secretário adjunto de Planejamento de Obras, Tomáz Pereira de Araújo Neto.

Trecho do calçadão de Ponta Negra. (Foto: riograndedonorte.net)

A Prefeitura de Natal optou pelo sistema de “bolsacreto” que consiste na utilização de sacos preenchidos com cimento, organizados numa sequência escalonada, em espécies de fôrmas padronizadas, que vão garantindo o formato de degraus que amortecem a pancada da maré. “O objetivo é combater o avanço da maré e oferecer à praia o engordamento natural”, disse Tomáz Neto.

Segundo ele, o “bolsacreto” já foi instalado em outras praias do Brasil, como a praia do Francês, em Alagoas; e a praia de Iracema, em Fortaleza. Ele afirmou que ainda no período de transição a equipe do prefeito Carlos Eduardo foi em busca de alternativas para o calçadão de Ponta Negra. Foram avaliadas diversas possibilidades, dentre a elas a construção de espigões dentro do mar, a exemplo da praia de Areia Preta, mas a instalação de “bolsacreto” foi a mais convincente.

O secretário explicou que a estrutura “mata a energia cinética” da onda, enquanto a areia vai se acumulando nos degraus até proporcionar a engorda natural da praia. “Esse foi o projeto tecnicamente mais convincente”, disse. Segundo ele, o primeiro passo é a instalação do bolsacreto que irá compor o paredão que vai servir para recuperar o calçadão. “Primeiro faremos o bolsacreto e depois a recuperação do calçadão”, disse Tomáz Neto.

Na quinta-feira passada a equipe da Semopi se reuniu com promotores do Ministério Público para fazer uma pré-apresentação do projeto. “Vamos enviar o projeto completo hoje para o MP e vamos aguardar o aval deles para dar prosseguimento ao processo”, afirmou o titular da Semopi, Rogério Mariz.

Recursos

De acordo com o adjunto da Semopi, a prefeitura tem  R$ 1 milhão garantido para a obra. No próximo dia 22, o prefeito Carlos Eduardo deverá ir à Brasília para tentar  assegurar a liberação dos R$ 3 milhões restantes e necessários a realização do serviço.  Tomáz Neto explicou que a instalação do bolsacreto deverá custar cerca de R$ 3,2 milhões e a recuperação do calçadão R$ 800 mil.

Segundo Rogério Mariz a equipe da prefeitura apresentará o projeto básico de reforma na praia e mais dois laudos, que sugere intervenções para barrar o processo de desmoronamento do calçadão, iniciado em janeiro de 2012.

A equipe da Semopi aguarda a aprovação do projeto para só então contratar a empresa responsável pela construção do bolsacreto. Segundo ele, a recuperação do calçadão de Ponta Negra é uma das prioridades da gestão. “Esperamos que os trâmites burocráticos aconteçam o mais rápido possível para darmos início às obras”, disse ele. Ontem no final da tarde, três turistas se feriram após deslizamento  em um novo trecho do calçadão, causado pela maré. Segundo populares, a jovem ficou bastante machucada. Após o desabamento, um poste ficou com a base exposta e ameaça cair. Segundo o secretário de Segurança e Defesa Social, Osair Vasconcelos o trecho será interditado.

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