Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

RN sedia Feira Internacional da Fruticultura

5 de abril de 2013

Notícia publicada no portal No Ar:

Lançada em um cenário de problemas causados pela seca e de preocupação em relação a acordos internacionais, a 16ª edição da Feira Internacional da Fruticultura Irrigada (Expofruit) promete atenção especial aos pequenos produtores. Nas palavras do presidente do Comitê Executivo da Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex), Segundo de Paula, “é um momento de valorização”, principalmente devido aos efeitos da estiagem, classificada como a pior das últimas décadas. O evento, que ocorre de 10 a 12 de julho, foi lançado na noite desta quinta-feira (4) na sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Mossoró.

Segundo de Paula, presidente do Coex, discursa no lançamento da Expofruit. (Foto: Eudes Leite)

Segundo de Paula, presidente do Coex, discursa no lançamento da Expofruit. (Foto: Eudes Leite)

Com o tema “Exposição os Doces e Sabores do Brasil”, a feira envolverá o produtor de pequeno porte na cadeia de negócios da fruticultura. “Muitas vezes você produz bem, mas não consegue comercializar bem. Na feira você concentra todos os parceiros dessa cadeia. Trabalharemos muito diretamente com pequenos produtores, pois se sabe que eles precisam muito mais e é preciso aproximá-los dos grandes empresários. Porém não vamos esquecer a rede como um todo”, pontua Segundo de Paula.

Mesmo sem acumular as grandes perdas daqueles que plantam culturas de sequeiro – como feijão e milho – os produtores de frutas também sentem os prejuízos. Um dos casos mais citados pelos produtores que estiveram no lançamento da Expofruit é o de Baraúna, onde o vazio dos poços que sustentam a cultura irrigada exige o deslocamento dos fruticultores em busca de água. “Isso já tem ocorrido dentro do estado e em breve pode acontecer até para fora do RN”, reconhece o presidente do Coex.

Para o diretor técnico do Sebrae/RN, João Hélio Cavalcanti, o momento é propício para apresentar novas tecnologias que ajudem os agricultores na convivência com a seca. “Orientamos que os produtores não trabalhem com monocultura e procurem diversificar as produções, pois quando ocorrem problemas climáticos, algumas culturas resistem mais em relação a outras”, afirma.  Dentre as frutas produzidas no estado, o caju tem sido o maior prejudicado pela seca. A estimativa da Secretária do Estado de Agricultura é de 70% de perdas em todo o RN.

A outra questão que preocupa os fruticultores, sobretudo os de melão, é a mudança no o Sistema Geral de Preferências (SGP) – acordo que permite a redução de taxas de importação para alguns produtos em determinados períodos – com a Europa. Acontece que os europeus passarão o Brasil para a condição de país em desenvolvimento – antes a categoria era de subdesenvolvimento – em 2014, aumentando em 5% a tributação dos produtos brasileiros inclusos no acordo.

A saída encontrada tem sido a negociação de mudanças no acordo bilateral com os Estados Unidos, segundo maior importador de melão brasileiro, que ampliariam os negócios com o mercado americano.

Embora realizada em um período de preocupações, a Expofruit 2013 é vista com bias perspectivas por Segundo de Paula, da Coex. Para a 16ª edição da feira, são esperadas 30 mil pessoas nos três dias de evento. A previsão é que se supere a média de R$ 50 milhões em negócios alcançado nas feiras anteriores, somando os acordos fechados durante e após o evento.

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