Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Sem energia, posto de saúde em Natal enfrenta dificuldades

2 de outubro de 2012

Deu na editoria de Cidades do Diário de Natal:

Mesmo depois de quase dois meses do incêndio que praticamente destruiu o consultório odontológico, a Unidade Mista de Saúde do Conjunto Pajuçara II continua sem energia elétrica. Vacinação, curativos, coleta de sangue e o atendimento ambulatorial feito por médicos e equipe de enfermagem só são realizados porque os funcionários utilizam a luz natural. Por causa da falta de energia, a unidade encerra as atividades por volta das 15h.

SMS alega que depende de perícia do Itep para realizar serviços na unidade. (Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press)

De acordo com os moradores do bairro, no período da tarde, alguns médicos e enfermeiros vão até o local, mas quando constatam que a unidade continua sem iluminação elétrica não atendem o público. Outros trocaram o horário de atendimento do final da tarde para o início. Devido à falta de energia, consultas e exames que necessitam de autorização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estão demorando bem mais tempo para serem marcadas, pois não tem como os servidores acessarem o sistema de marcação.

E para piorar ainda mais a situação no posto, os utensílios da copa da unidade de saúde foram roubados nesse último fim de semana. Copos, pratos, talheres e o botijão de gás foram furtados. Um funcionário, que preferiu não se identificar, informou que as vacinas estão sendo armazenas na unidade do conjunto Gramoré e que o transporte diário do material até o Pajuçara é feito pelos próprios servidores.

A aposentada Teerezinha de Jesus Ribeiro, 74 anos, conta que para não ver o posto ser fechado os servidores estão trabalhando nessas condições. “Eles dizem que se não estivessem vindo trabalhar dessa forma, a unidade já teria sido fechada pela prefeitura, que há algum tempo demonstra esse interesse. Outro dia o assunto voltou a ser discutido novamente pelo que soubemos”, relata.

Há sete anos o cabeleireiro Sandro Nunes, 34 anos, faz tratamento contínuo de uma úlcera na unidade. Todos os dias é necessário trocar o curativo, porém ele conta que somente esse ano teve que comprar luvas, soro e gaze para que o procedimento fosse realizado na unidade. “Foram cinco meses sem o material necessário. Eu tenho como comprar e levar, mas e as pessoas que não têm e precisam?”, indaga.

Segundo a diretora do Distrito Sanitário Norte 1, Érica Maia, a unidade ainda enfrenta essa situação porque a vistoria que deveria ter sido feita pelo Itep para detectar a possível causa do incêndio ainda não foi concretizada pelos peritos. “A prefeitura só pode fazer algo depois que a perícia for feita”, afirma. O problema é que os servidores do Itep estão em greve há 29 dias e por tempo indeterminado. “Quando procuramos o Itep o cronograma de vistorias já estava grande”, disse.

A diretora do Distrito Norte 1 confirmou que em reunião com os servidores da unidade apresentou proposta para que eles fossem remanejados para outros postos de saúde, mas eles se mostraram contrários à sugestão e fizeram um abaixo-assinado para que o posto não fosse fechado. “Então estabelecemos o horário das 7h às 15h enquanto a questão burocrática é solucionada e a perícia realizada”, destacou Érica Maia.

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