Notícia publicada no portal No Ar:

Turistas, banhistas e comerciantes estão divididos quanto às condições das praias urbanas da cidade. A qualidade da água para banho e a melhoria dos serviços de coleta de lixo são pontos elogiados pelos frequentadores das orlas da Redinha e Praia do Meio.

Frequentadores da Praia do Meio ainda sofrem com esgotos e falta de banheiros públicos. (Foto: www.pbase.com)

Neste sábado (4), por volta das 8h vários garis já trabalhavam na coleta do lixo na praia da Redinha. “Estamos aqui todos os dias a partir das 7h”, informou João Ribeiro, um dos funcionários que coletavam lixo ao longo de toda a extensão da orla.  A eficiência do serviço é motivo de elogio dos banhistas que chegaram cedo.

“Isto hoje está um beleza, bem diferente do que eu via aqui há uns cinco anos: só lixo e muito esgoto espalhado por todos os lados.  Agora temos uma paisagem bonita com essa ponte e com a presença dos barcos”, testemunha André Gomes, cozinheiro, frequentador da praia há mais de 20 anos.  Segundo ele, até a pesca retornou como hábito semanal. “ Adoro vir aqui para pescar com minha família”, revela.

A Pesca é o oficio de João Elpidio, 63 anos que há mais de três décadas navega pelas águas do Rio Potengi em busca do ganha pão. “Quando a água tá boa a gente pesca vários peixes aqui. Mas quando ela baixa e fica suja só dá ginga, Mas no geral dá pra gente trabalhar muito bem”, contenta-se.

A qualidade da água é o motivo que traz o auxiliar administrativo Djackson Carlos direto do hospital em que trabalha para a praia. “Eu quase nunca venho aqui, mas preferi hoje pela tranquilidade, limpeza e pela certeza que água é boa para um bom banho”, afirmou.

Do outro lado da ponte, na Praia do Meio  a paisagem ainda está retorcida, principalmente  pelo desmoronamento do calçadão ocorrido há algum tempo. Os prometidos serviços de reparo pela Prefeitura ainda não foram iniciados.

Na orla, o movimento ainda é fraco para comerciantes.  O ambulante Emanoel Gomes, que vende coco há dois anos no local,  reclama que o movimento caiu em cerca de 50%. “ Os turistas pouco aparecem aqui, tiram umas fotos e logo vão embora”.  Para ele, a grande prioridade é a colocação de banheiros químicos. “Depois que o mercado fecha as pessoas vêm fazer suas necessidades na praia”, critica

Todavia, os turistas que frequentam a praia continuam deslumbrados com as belezas do local. É o caso do carioca César Germano, que está hospedado em Ponta Negra. “Aqui é maravilhoso e está tudo muito limpo. Eu reclamo apenas do barulho desses carrinhos de vender CDs que vocês têm aqui. Que coisa chata!”, reclama.

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