UFRN negocia instalação de parque tecnológico em Natal

30 de setembro de 2013

Notícia publicada no Novo Jornal:

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) planeja construir um parque de desenvolvimento da Tecnologia da Informação (TI). Para tanto, pleiteia parte do terreno do 7º Batalhão de Engenharia de Combate (Becom). As conversas se iniciaram há três meses com o Exército e o pleito já seguiu para ser analisado pelo Ministério da Defesa. A resposta deverá sair até o fim do ano.

O batalhão fica no bairro de Nova Descoberta, ao lado do campus central da universidade e do Parque das Dunas, e passaria a abrigar o primeiro polo tecnológico de inovação do estado. De acordo com Ângela Paiva Cruz, reitora da UFRN, a escolha pelo terreno pertencente ao Exército Brasileiro tem com principal fator a proximidade com o campus.

Foto: www.portalpower.com.br

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“O campus não tem mais espaço para uma construção tão grande e importante como um parque tecnológico. Então resolvemos ir atrás do terreno mais próximo que pertencesse à União. O momento é de negociações. Queremos um terreno que seja o mais próximo possível do campus”, explicou a reitora. Apenas a Avenida Capitão-mor Gouveia divide a UFRN do muro do 7º Becom.
Ainda segundo Ângela, a captação de investimentos para o polo de desenvolvimento tecnológico será iniciada logo após o fim das negociações. “O Ministério da Ciência e Tecnologia está com edital aberto para o fomento dos parques. Mas apenas após a definição do local nós iremos fechar a questão do recurso”, completou.

A área pertencente ao Exército, que deverá passar a ser da instituição federal de ensino superior ao fim das negociações, servirá para a instalação de uma série de empresas voltadas para TI ou que usem a tecnologia de forma intensiva para o desenvolvimento de seu trabalho.

A criação de um polo tecnológico pode partir de locais com construções prontas, que são cedidas para a incubação das empresas, ou de terrenos livres nos quais as firmas criam seus espaços. As incubadoras ainda proporcionam um diferencial na cobrança de impostos às empresas, por exemplo.

O trecho do 7º Becom que a UFRN está buscando já tem construções, como alojamentos dos militares, que por estarem prontas já seriam diretamente aproveitadas para a criação da “zona de inovação” em Natal.

O modelo planejado pela UFRN do seu polo de desenvolvimento e criação de tecnologia da informação terá como base o trabalho desenvolvido no Instituto Metrópole Digital (IMD), que conta com mais de dez empresas em desenvolvimento na incubadora Inova Metrópole.

O IMD foi idealizado exatamente para tocar a criação de um polo de tecnologia da informação no RN. Dentre os planos do instituto está a expansão do número de empresas incubadas, a criação de um mestrado profissional e abertura de residências em Engenharia de Software e em Jogos Digitais.

Para tanto, o instituto está com um edital aberto para a captação de mais 20 empresas para a incubadora Inova Metropóle. Com a finalização do processo ainda neste semestre, o IMD passará a ter a maior incubadora do estado, com mais de 30 empreendimentos em gestação.
A importância do Metrópole Digital para a economia do estado será o tema da próxima reunião do Novo Fórum RN, marcado para amanhã.

O fórum é promovido mensalmente pelo NOVO JORNAL e reúne, desde maio, um grupo de empreendedores e líderes empresariais do estado para discutir os rumos do desenvolvimento econômico potiguar.

RECIFE
Desde julho de 2000, Recife (PE) já possui seu Polo de Desenvolvimento de Softwares e Economia Criativa. O polo foi erigido em pouco mais de 140 hectares nos bairros portuários do Recife Antigo e Santo Amaro e por conta da localização terminou batizado como Porto Digital (PD).

Mais de 50 mil m² de prédios da foram restaurados na região para receber as mais de 200 empresas instaladas, três incubadoras, duas instituições de ensino superior e dois institutos de pesquisa.

Atualmente mais de 6 mil pessoas estão empregadas no Porto Digital, que tornou-se responsável por gerar rendimentos acima de R$ 1 bilhão para Pernambuco. O PD já responde por pouco mais de 4% do Produto Interno Bruto do estado nordestino.

A atuação do polo, o maior parque tecnológico do Brasil, se dá em atividades de criação de software e serviços de tecnologias da informação e comunicação. A seção da economia criativa envolve jogos, multimídia, música, fotografia, design e cinema /vídeo/animação.

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