Universidades crescem no interior do RN e registram avanços importantes

9 de abril de 2012

A história do jovem que deixa o interior para estudar na capital é quase uma regra em qualquer parte do país. Família, amigos e a terra de origem ficam para trás sob a perspectiva de que essa decisão é a única forma de crescer na vida. De fato, as oportunidades de se qualificar – pelo menos a maioria delas – estão concentradas nos centros urbanos mais desenvolvidos. No Rio Grande do Norte, 70% das matrículas em cursos presenciais do ensino superior foram feitas em Natal, enquanto os outros 30% se espalharam por 166 municípios do interior, segundo dados do Censo da Educação Superior 2010.

Os índices mostram o resultado de um histórico crescimento desigual e a criação de vazios socioeconômicos, porém, ao mesmo tempo, apresenta avanços reais quanto à democratização do ensino superior pelo estado. Essa interiorização é fruto tanto do desenvolvimento de alguns municípios que atraíram naturalmente entidades privadas pela demanda de estudantes, quanto pelos esforços de instituições públicas no sentido de avançarem RN adentro. Apesar de representarem apenas 30% do total de matrículas, foram 26.107 alunos matriculados no interior em 2010, mais que o dobro do registrado em 2000. Quando se observa a quantidade de concluintes, o número aumentou quase cinco vezes no período – de 898 para 4.227.

No ano passado novas instituições foram abertas pelo interior, aumentando ainda mais a oferta, e em 2012 a consolidação desse processo ganha novas nuances. Está em fase de discussão e elaboração um projeto de crescimento articulado que norteará a expansão das instituições públicas de ensino superior no RN. Encabeçado pela Universidade Federal (UFRN), o plano envolve ainda o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), a Universidade Estadual (UERN), e a Universidade Federal do Semi-Árido (Ufersa).

“A ideia é ter um documento escrito com os projetos de desenvolvimento de cada uma das instituições”, conta o pró-reitor de Planejamento da UFRN, João Emanuel Evangelista. A reitora Ângela Maria Paiva Cruz explica que o projeto objetiva o aproveitamento das diferentes potencialidades das universidades e do instituto, otimizando recursos e evitando a superposição. “Não podemos estar nos dando ao luxo de duas instituições oferecerem os mesmos cursos. O desafio é expandir primeiro onde estamos presentes. Outra demanda é expandir para regiões que não chegamos, mas que possamos chegar sem superpor a oferta de IFRN, Ufersa ou UERN”, afirma.

Presença do IFRN em Mossoró tornou cidade referência na formação para áreas de petróleo e energia.

Presença do IFRN em Mossoró tornou cidade referência na formação para áreas de petróleo e energia. (Foto: ascom/divulgação/D.A Press)

Em diagnóstico apresentado por Emanuel Evangelista e pelo pró-reitor adjunto de Planejamento, Jorge Dantas de Melo, ficam claros os vazios educacionais na formação superior. “Se você pega o RN é surpreendente como os governos estaduais não atentaram ainda para a necessidade de ter um plano de desenvolvimento para o estado no lugar que elas nascem”, ressalta Evangelista, que relaciona a intensa migração de pessoas como um dos fatores para a piora na qualidade de vida de capitais como Natal.

Ângela Maria Paiva - reitora da UFRN.

Ângela Maria Paiva - reitora da UFRN. (Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press)

João Emanuel Evangelista enxerga que a manutenção das pessoas em seuslocais de origem pode ser otimizada com a oferta de oportunidades aos habitantes locais, perspectiva na qual o ensino superior detém um papel importante. Além de minimizar a migração maciça, a presença das instituições no interior do RN abre uma porta para jovens e adultos que por uma diversidade de motivos, como financeiros e familiares, não podiam deixar suas cidades para estudar na capital. Ainda que aos poucos, alguns vão desmistificando a história interiorana de que é preciso sair de casa para vencer na vida.

Sintonia com os arranjos produtivos

Embora necessária, a expansão do ensino superior no interior do estado deve obedecer as demandas de cada região. O processo já tem acontecido dessa forma na oferta do IFRN. Obedecendo à Lei dos IFs, que prevê um percentual de 50% voltado para o ensino técnico, o instituto tem crescido de olho nas atividades produtivas dos municípios potiguares. “Queremos campus com foco tecnológico. Que cada campus esteja focado em desenvolver as potencialidades da região. Para isso os cursos têm de estar alinhados com os arranjos produtivos locais, o desenvolvimento daquele arranjo”, explica o reitor Belchior de Oliveira Rocha.

Belchior: IFRN focado no desenvolvimento das potencialidades das regiões

Belchior: IFRN focado no desenvolvimento das potencialidades das regiões. (Foto: Sérgio Henrique/DN/D.A Press)

O reitor cita o campus de Mossoró, instalado há 16 anos. “Percebemos a diferença que se tem hoje na oferta de mão-de-obra qualificada. Mossoró (cidade do interior  pertencente à mesorregião do Oeste Potiguar, distante 280 quilômetros de Natal) é hoje referência na formação voltada para a área de Petróleo, Gás e Energia”, afirma. Após concluírem o ensino médio no instituto, os alunos complementam a formação com o chamado Curso Técnico Subsequente, que tem hoje na cidade opções nas áreas de Eletrotécnica, Edificações, Mecânica e Informática. Existe ainda o Curso Técnico Integrado, voltado para quem acabou de concluir o ensino fundamental. Com a formação continuada os estudantes saem prontos para o mercado de trabalho. E os exemplos estão aí para provar o que Belchior diz.

Os estudantes Luiz Gonzaga de Medeiros, 20, e Alexandre Pinheiro da Silva, 20, cursaram Eletrotécnica em Mossoró, e ainda no curso ganharam oportunidades de trabalho fora do estado. Aproveitando uma seleção feita por uma empresa multinacional no campus, Luiz Gonzaga foi selecionado para trabalhar em Aracaju (SE), enquanto Alexandre teve como destino a cidade de Macaé (RJ).

Em Natal, o foco é o setor de Geologia e Mineração. No cinturão do Mato Grande, região que concentra uma grande quantidade de assentamos rurais, foi implantado o curso técnico de Cooperativismo no campus de João Câmara. “Os assentamentos são desorganizados tanto na organização quanto para comercialização. Estamos formando profissionais técnicos que vão dar suporte para organizar a produção e comercializar o produto”, observa o reitor do IFRN. No campus do município de Apodi (distante 352 km rodoviários, da capital estadual, Natal) estão os cursos de Biocombustíveis e Zootecnia, e assim acontece com todos os demais institutos.

Mesmo com o carro-chefe sendo o ensino técnico, o IFRN também oferece cursos de graduação, segundo Belchior, obedecendo a mesma lógica das potencialidades regionais. O exemplo é a recém criada graduação para Tecnologia em Energias Renováveis em João Câmara. A região do Mato Grande, que é atendida pelo campus do município, concentra a maior parte dos projetos eólicos trazidos a partir dos leilões de energias renováveis iniciados em 2009.

Verticalização: aposta que dá certo

Os cursos técnicos profissionalizantes tentam cumprir o papel de formar pessoas prontas para atender o mercado de trabalho, porém ao mesmo tempo abrem uma possibilidade importante: a verticalização do ensino. Consiste no processo de migração da formação técnica para o ensino superior. Foi o caminho seguido pelos jovens Luiz Gonzaga de Medeiros, 20, Alexandre Pinheiro da Silva, 20, e Ítalo Rafael, 19. Após concluírem Eletrotécnica no IFRN, o trio saiu de Mossoró com destino a Natal para cursar Engenharia Elétrica na UFRN.”Gostamos da área e decidimos continuar”, afirma Luiz Gonzaga, que diz ter optado pela UFRN devido à história e referência da instituição no curso. O obstáculo financeiro foi superado com os três dividindo as despesas de um apartamento alugado. Embora as oportunidades de emprego já tivessem aparecido para o cargo de técnico, os amigos preferiram se dedicar aos estudos para colher os frutos mais tarde. “Estou abdicando de um salário inicial bom para posteriormente ter uma melhor condição de vida”, ressalta Luiz Gonzaga, que tem a opinião partilhada por Alexandre e Ítalo.

Após curso técnico em Mossoró, Luiz Gonzaga, Ítalo e Alexandre cursam agora Engenharia Elétrica na UFRN e vislumbram oportunidades de crescimento.

Após curso técnico em Mossoró, Luiz Gonzaga, Ítalo e Alexandre cursam agora Engenharia Elétrica na UFRN e vislumbram oportunidades de crescimento. (Foto: Carlos Santos/Dn/D.A Press)

Alexandre, o único que conseguiu auxilia residência pela UFRN, trabalhou por sete meses em Macaé, no Rio de Janeiro, e sabe que mesmo após a graduação uma volta a Mossoró é improvável. “Sabemos que na área de engenharia provavelmente não vamos trabalhar em nossa cidade. As oportunidades são melhores lá fora”, ressalta. Já Ítalo acredita que mesmo com fatores negativos, como a distância da família e as despesas em Natal, a experiência tem sido muito positiva. A expectativa dos três amigos é concluir o curso até o fim de 2015, quando serão oficialmente engenheiros diplomados.

Para o reitor do IFRN, Belchior, a graduação superior aparece como um plus na qualificação do aluno vindo do ensino técnico. Mesmo havendo casos como dos três amigos de Mossoró, que optaram pela ida a Natal, Belchior ressalta que a continuidade da formação pode ser feita também no próprio instituto. “O casamento é perfeito e natural. E você utiliza melhor os recursos humanos do campus. Aquele que se forma pode mais tarde lecionar no curso técnico”, conclui.

Vazios educacionais são gargalos

Mesmo com o esforço do IFRN, a falta de profissionais especializados e alinhados aos arranjos produtivos locais ainda é um gargalo crônico. Conforme identificou o pró-reitor de Planejamento da UFRN, João Evangelista, especialistas em atividades econômicas fundamentais para o interior do estado estão presentes apenas na capital potiguar, muitas vezes a centenas de quilômetros de distância. “Os agrônomos, por exemplo, estão concentrados em Natal e Grande Natal. Temos um estado com uma região do semiárido enorme e que não tem os profissionais para qualificar a pecuária e agricultura”, conclui.

Para Josivan, a falta de ações no sentido de democratizar o ensino resultou no acúmulo de uma dívida, que vem sendo paga aos poucos. O reitor usa como exemplo o município de Angicos, que já teve uma média de 1,8 estudantes para cada 100 habitantes. Ele lembra que após o auge da indústria do algodão, a cidade, assim como todo o Sertão Central, ficaram esquecidos, se tornando áreas de êxodo rural. Hoje a Ufersa tem 1.200 alunos na cidade. Nos municípios de Caraúbas e Pau dos Ferros, onde estão os outros dois campus, Josivan conta que os índices de acesso ao ensino superior eram de 4% e 4,5%, respectivamente.

O reitor da Ufersa atenta para vácuos principalmente na região Agreste, em locais como o município de Santo Antônio. Na região Central, Macau é uma das cidades que ainda tem carências, segundo Josivan, que enaltece os avanços. “Antigamente a única maneira de entrar em cursos de ponta era migrar para Natal. Se a barreira financeira para pessoas que vão trabalhar é grande, imagine para um aluno. É pequena a parcela dos que tentam. Ainda existe medo do jovem em ir para a capital, algo associado à sua situação socioeconômica”, enfatiza.

No projeto articulado que vem sendo elaborado com a UFRN, o reitor revela que a Ufersa ficará responsável pelo apoio na cobertura de 90 municípios, localizados entre as cidades de Riachuelo e Major Sales. De acordo com Josivan Barbosa, a UFRN ficará com as regiões do Trairi, Seridó, Grande Natal e Litoral Sul, áreas em que já possui representações.

Superação

A barreira financeira que tanto separa os jovens do interior do estudo na capital sempre foi um obstáculo para as irmãs Débora Diana Oliveira de Abreu, 28, e Darllymara Oliveira Marques, 27. As cearenses de Tabuleiro do Norte, quase na divisa com o RN, já tinham pretensão de deixar a cidade de origem para ganhar a vida, porém a ida para Natal e Mossoró era inviável devido ao custo de vida nas duas cidades. À exemplo do que a mãe tinha feito no passado, ambas optaram então por Apodi, no Oeste Potiguar. “Morávamos no sítio. Em Apodi pudemos nos manter não tão longe de casa”, conta Débora.

Com o trabalho em pousadas, ou restaurantes, ocupando o dia todo, era no horário noturno que Débora enfrentava 40 minutos de ônibus até a cidade de Caraúbas (distante 296 quilômetros da capital do RN) para cursar Geografia no Núcleo Avançado da UERN. “Saía de 18h e voltava mais ou menos de 23h”, recorda a estudante, que apesar da rotina puxada era dedicada em sala de aula. “Nunca deixei de entregar trabalho e comparecer às aulas. Por questão de oportunidade valeu a pena”, afirma. A irmã Darllymara se formou em Geografia e seguiu para a especialização em Gestão Ambiental no IFRN.

Débora espera apresentar a monografia ainda em 2012 para concluir a graduação. Ela pensa em estudar para passar em concursos e não descarta permanecer em Apodi. “Se der certo eu fico”, diz. A dedicação vem de família. Da mãe que deixou o Ceará para trabalhar como empregada doméstica em Apodi, e voltou a Tabuleiro do Norte como professora. Se a oportunidade não aparecer por perto, a estudante não tem medo de colocar o “pé no mundo” novamente. “Não tenho medo do novo, vou em frente”.

Ensino superior abastece educação básica

Não é novidade para ninguém o problema da baixa remuneração dos professores. Mesmo com a recente correção do piso nacional da categoria, reajustado para R$ 1.451, a profissão não atrai os jovens para os cursos de licenciatura. A falta de mestres é escancarada, sobretudo no interior do estado, onde alguns municípios não encontram pessoas capacitadas para lecionar disciplinas como química e física nos ensinos médio e fundamental. “Em um bacharelado de física geralmente entram 40 e se formam cinco. Muitos desistem, pois é um curso difícil e o salário não é atrativo”, afirma o reitor do IFRN, Belchior de Oliveira.

Quando a quantidade não é problema, a qualidade aparece como gargalo. É normal no interior do estado a situação de um profissional que leciona determinada disciplina sem ter o devido conhecimento especializado. E é pensando em suprir essa carência no trabalho que o professor Antônio Sabino de Souza, 38, sai do município de São Rafael, onde reside, para uma viagem de uma hora até Angicos para cursar Matemática na Ufersa. Apesar de ser formado em Pedagogia, é ensinando através dos números que Sabino ajuda no sustento da mulher e das duas filhas.

O professor, que também é vereador em São Rafael, conta que sempre quis fazer a graduação em Matemática. A oportunidade foi aberta com a Plataforma Freire, sistema criado pelo Ministério da Educação e que integra o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica desenvolvido pela Ufersa. “Existe uma dificuldade grande na oferta de cursos, mas tem melhorado muito”, avalia Antônio Sabino, que se formou em 2007 no curso de Pedagogia oferecido no campus da UERN em Assu. A conclusão da segunda graduação deve ocorrer ano fim desse ano.

Filho de agricultores e nascido em Assu (também do oeste potiguar, distante cerca de 80 km de Mossoró), Antônio se mudou com 12 anos para São Rafael. Como filho do interior e professor, ele fala da ausência perspectiva dos alunos ao concluírem o ensino médio. “Agora estamos vendo alguns despertando para essa situação do ensino superior”, ressalta. Antônio Sabino não pensa em sair de São Rafael. Pensa mais em identificar as deficiências nas escolas e ajudar. O professor critica a postura de alguns colegas, que mais reclamam da questão salarial do que trabalham para dar o melhor em sala de aula. “É preciso se pensar que está lá para dar educação”, opina.

A sensibilidade despertada em Antônio Sabino é a mesma a qual se refere o reitor Belchior, do IFRN. “A evasão nos cursos é menor que na capital, pois as pessoas se identificam. Ser professor é uma profissão que gratifica e no interior isso sensibiliza”, ressalta. As deficiências da educação básica, segundo Belchior, podem ser amenizadas com a formação do corpo docente nas cidades interioranas. “A formação está concentrada na capital, e um professor formado em Natal dificilmente vai concorrer para ensinar em Pau dos Ferros (oeste potiguar). Temos um bacharelado de Química em Pau dos Ferros. O aluno tem sua base familiar lá, e passando no concurso para a região ele tem facilidade de mobilidade e fixação”, explica.

A formação de professores também é uma das diretrizes da Lei dos IFs, que determina 20% da oferta educacional direcionada aos cursos de licenciatura. Na conta de Belchior se cada uma das 400 unidades do país estiver ofertando 40 ou 80 vagas por ano, em cinco ou dez anos existirá um bom fluxo de professores para suprir a carência da educação básica.

Unidades precisam de vida acadêmica

Os vazios educacionais existem, a expansão das instituições é importante, porém não basta crescer em quantidade. Centralizadas no interior e essencialmente voltadas para a filosofia da interiorização, UERN e Ufersa trabalham hoje com a ideia de crescer verticalmente. Ou seja, fomentar cursos de pós-graduação e desenvolver projetos de pesquisa com a meta de qualificar o corpo docente. O trabalho está em sintonia com os objetivos traçados no Plano Nacional de Educação (PNE) de elevar para 75% os docentes com titulação de mestre e 35% com titulação de doutor.

A formação de professores dentro das universidades promove o crescimento auto-sustentável das instituições, conforme observa o reitor da UERN, Milton Marques. “Quanto maior o número de professores, maiores as possibilidades de acesso à graduação”, afirma. O reitor da Ufersa, Josivan Barbosa, reforça também que as especializações se apresentam como fundamentais no desenvolvimento das cadeias produtivas dos municípios. “As atividades podem ser mais competitivas a partir do momento que se forma mão-de-obra capaz de gerar inovação”, avalia.

Como reitora da maior universidade do estado, Ângela Maria Paiva ressalta que além do crescimento próprio, a UFRN também deve cumprir o papel de apoiar o desenvolvimento das demais representantes do ensino superior público. “As outras instituições são menores, têm um menor número de professores e grupos de pesquisa ainda em consolidação. Elas também precisam de pessoal especializado”, analisa. Hoje a UERN possui 20 cursos de especialização, e sete mestrados. A Ufersa por sua vez tem dez programas de pós-graduação.

Mais do que as metas do PNE, a UERN busca uma maior autonomia financeira. Sustentada com recursos do Governo do Estado, a Universidade Estadual mira a concorrência em editais das agências de fomento do ensino superior. “Precisamos captar recursos de fora, não ficando tão dependente. Isso também alivia os cofres do Estado”, afirma o reitor Milton Marques. O respaldo orçamentário, que será de R$ 207 milhões – mais de 90% do governo – é considerado insuficiente para se pensar em expansão. “Existe essa dificuldade, e ela trava o desempenho da instituição”, acrescenta.

Quando fala em crescimento travado, Milton Marques se refere a pendências nos campus de Natal, Mossoró e Caicó, todos relacionados às estruturas físicas. Na capital potiguar, a UERN ainda aguarda o acabamento do novo prédio na avenida João Medeiros Filho, na zona Norte, para transferir os cursos da unidade localizada na avenida Ayrton Senna, que funciona em um prédio alugado. Marques coloca como fundamental a consolidação dos projetos para que a universidade atenda solicitações de novos cursos nas três cidades.

Presença do ensino público no interior

IFRN

Apodi
Caicó
Currais Novos
Ipanguaçu
João Câmara
Parnamirim
Pau dos Ferros
São Gonçalo do Amarante
Santa Cruz
Nova Cruz
Mossoró
Macau

Em construção:

Campi de São Paulo do Potengi, Canguaretama e Ceará-Mirim.

UERN

Assu
Pau dos Ferros
Patu
Caicó

Núcleos avançados:

Alexandria
Apodi
Areia Branca
Caraúbas
João Câmara
Macau

Nova Cruz
Santa Cruz
São Miguel
Touros
Umarizal

UFRN

Campus:

Caicó – CERES
Curais Novos – CERES
Macaíba – Escola Agrícola de Jundiaí
Santa Cruz – Faculdade de Excelência do Trairi (FACISA)
Ações de extensão em universitária em 62 municípios e 23 pólos de educação à distância, dos quais 15 estão no RN e 8 na Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

UFERSA

Campus:

Mossoró
Angicos
Caraúbas
Pau dos Ferros

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