Notícia publicada na Tribuna do Norte:
A Zona de Processamento de Exportações (ZPE) de Macaíba, que foi oficialmente concedida ontem à iniciativa privada, tem capacidade de atrair indústrias de alto valor agregado. Estudo preliminar elaborado pela Associação Brasileira das Zonas de Processamento de Exportação (Abrazpe) em parceria com a Unihope, que assinou ontem o contrato de concessão para estruturar e administrar a ZPE, aponta para captação de empresas que usem o modal aéreo, visto a proximidade com o Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante.
O diretor-presidente da Unihope, Karim Khouri, disse ontem que pelo menos dez empresas foram consultadas e apresentaram interesse em se instalar na ZPE. “São empresas da Europa, asiáticas da China e Vietnã, de São Paulo e outros lugares do país dos ramos de informática, elevadores, relógios e isqueiros”, disse.
De acordo com especialistas, dois fatores definem o perfil das empresas: logística e disponibilidade de recursos. Nesse contexto, a aposta são indústrias cuja matéria-prima possa chegar pelo novo aeroporto, ser beneficiada na ZPE e escoar também pelo aeroporto, bem como de processamento de produtos que já compõem a pauta de exportações potiguar.
Criada há 25 anos, a Zona de Processamento de Exportação de Macaíba foi privatizada e começará a ser estruturada com previsão de começar a operar em mais dois anos. O termo de Concessão para administrar o equipamento foi assinado ontem com a Administradora da Zona de Processamento e Exportação de Macaíba (Azmac) – empresa que representa Governo do Estado, Prefeitura de Macaíba e Federação das Indústrias (Fiern).
Em entrevista publicada nesta sexta-feira, Khouri cogitou o início das operações ainda este ano. Mas o cronograma até lá prevê seis meses para aprofundamento de estudos, elaboração de projetos e liberação de licenças ambientais e, após essa etapa, a execução da obra em mais 300 dias. “Terreno em bom preço, a abundante oferta de mão de obra local e proximidade com o novo aeroporto e o Porto de Natal são bons atrativos”, disse o executivo. As empresas instaladas nas ZPEs contam ainda para aquisição de bens e serviços no mercado interno com suspensão dos tributos (IPI,Cofins e PIS/Pasep), além de incentivos para importação.
Khouri reiterou a necessidade de intensificação das ações da Prefeitura no tocante a pavimentação dos acessos e ruas e distribuição de água. No local, cerca de 10% dos serviços necessários foram executados pela Azmac, correspondente ao desmatamento e cercar o local. Ao custo de R$ 31 milhões em investimentos, a empresa vai gerir a área por 20 anos, podendo ser renovados por igual período.
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