Após resultado de pesquisas, raça ovina pode ser considerada genuinamente potiguar

22 de outubro de 2014

Saiu no Novo Jornal:

A ovinocultura do Rio Grande do Norte está prestes a comemorar o reconhecimento, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento da primeira raça de ovino genuinamente potiguar, batizada de Soinga pelo seu idealizador, o médico veterinário José Paz de Melo. Tudo graças à aplicação da ciência à pecuária.

Dia 15 recente, técnicos do Ministério e dirigentes da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) estiveram na 52ª Festa do Boi, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, e deram início à fase final de homologação do processo. Quando consumada essa etapa, o Estado terá pela primeira vez a autenticação de uma raça de ovino potiguar, que será a 28ª raça de ovinos homologada pelo Ministério da Agricultura no País.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Criadores Soinga (ABCSOINGA), Inácio José Salustino, a estimativa da associação é que no Rio Grande do Norte já haja cerca de 10 mil cabeças do ovino espalhadas pelos municípios, principalmente em Mossoró, Santa Cruz e Caicó. Além desses criadores, já existem outros em estados como Paraíba, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí e Ceará.

Nova raça foi desenvolvida em 20 anos de pesquisa, cruzando as melhores matrizes Ingazeiras com reprodutores da raça Somalis. (Foto: Frankie Marcone)

Nova raça foi desenvolvida em 20 anos de pesquisa, cruzando as melhores matrizes Ingazeiras com reprodutores da raça Somalis. (Foto: Frankie Marcone)

 

A Soinga já é considerada por criadores como uma raça nobre, devido à sua carne marmorizada, o que significa que a gordura entremeada nas fibras da carne pode ser vista no corte. Além disso, também é considerada por especialistas como uma carne de excelente sabor.“O sabor da carne e a resistência do animal são o carro chefe do Soinga, mas tem outras características muito boas como autossuficiência de leite, a mortalidade reduzida, é um animal muito prolífero, precoce e tem habilidades maternas muito boas”, explica José Salustino.

O pontapé inicial para o desenvolvimento da raça foi dado por José Paz de Melo em 1988. Sua ideia primordial, segundo ele, era organizar o mercado, que na época não tinha ovinos de qualidade, os animais eram pequenos e quase não havia produção de carne.Após anos de pesquisa o resultado foi a criação de uma raça rústica (resistente a regiões áridas), de fácil adaptação a outros climas e de carne marmorizada e saborosa.De tamanho mediano e com peso entre 70 kg a 85 kg (machos) e entre 40 kg a 60 kg (fêmeas), a Soinga custa hoje entre R$ 600 e R$ 1500. “Se for um reprodutor muito especial tem um preço mais elevado.

Mas o custo benefício é ótimo, porque você não precisa de muita ração para mantê-los”, acrescenta Inácio. A longevidade do animal é de até 12 anos produzindo, mas ele pode viver até 15 anos.

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