Tribuna do Norte:
As intermináveis fileiras de camelôs que tomam conta das calçadas, além do fluxo de veículos pesados que emperram o trânsito, principais características do bairro do Alecrim, vão deixar de existir. A Prefeitura de Natal se comprometeu, na semana passada, com empresários do bairro e entidades do comércio a realizar um projeto de revitalização do bairro histórico. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) inicia, já no próximo mês, um censo sobre as principais necessidades da área comercial, a exemplo do que foi feito em 2013 com a Cidade Alta.
Inicialmente, o Município deve acatar um projeto elaborado pela Associação de Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA), em conjunto com o Sebrae-RN, apresentado pela primeira vez em 2009. Com o custo inicial de R$ 25 milhões, o projeto prevê alterações na comunicação visual das empresas, na engenharia de trânsito e no mobiliário urbano, além da realocação do camelódromo. Atualmente existem 2 mil camelôs no bairro do Alecrim, de acordo com levantamento da AEBA.
Projeto de R$ 25 milhões para relocação de camelódromo, arborização do bairro e um novo relógio. (Foto: Divulgação)
Entretanto, ainda não existe um projeto específico para o reordenamento do trânsito do Alecrim, que hoje acomoda o tráfego de veículos privados, de carga e transporte público. De acordo com o presidente da AEBA, Francisco Derneval Sá, os 12 estacionamentos que existem hoje no centro comercial não conseguem atender a demanda de carros.
Prefeitura vai buscar parceria com empresas
O projeto de reordenamento do Alecrim, entretanto, não deve ser totalmente financiado pela Prefeitura. Existem negociações em andamento para que empresas auxiliem na realocação dos camelôs e na construção de estacionamentos subterrâneos para o bairro. A entrada dessas empresas seria feita por meio de Parceria Público Privada (PPP). De acordo com o presidente da Associação de Empresários do Bairro do Alecrim, Francisco Derneval, proprietário da Casas Sarmento, já existem locais destinados para a construção das estruturas.
Projeto prevê reordenamento dos camelôs e reorganização do chamado “quadrilátero do Alecrim”. (Foto:
“Conseguimos um grupo local que se interessou em construir um projeto para realocação dos camelôs, mas ainda está em andamento”, informa o presidente. A área estudada fica localizada entre o colégio Sagrada Família e a delegacia do bairro, onde funcionava o antigo Hotel Buriti. A área não pertence à Prefeitura.
“Hoje já existe uma convivência pacífica entre os comerciantes formais e os camelôs, mas o que queremos é colocar esse pessoal em outro local para que, assim, tenhamos espaço para receber outras empresas”, diz Francisco Derneval. O nome do grupo interessado, entretanto, o presidente não adianta. “Esse projeto seria o grande ponto de partida, funcionaria como uma vitrine do Alecrim para o Rio Grande do Norte. A partir dele podemos atrair parceiros para instalação de banheiros públicos e estacionamentos”, acrescenta.
Cerca de 50 mil pessoas trabalham no Alecrim. São mais de seis mil empresas – do micro ao grande empreendedor – que funcionam na região.
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