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Mais um setor está constatando benefícios com a realização da Copa do Mundo em Natal. Dados divulgados pelo Sebrae dão conta de que as micro, pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEI) conseguiram faturar R$ 10,5 milhões, seguindo a mesma tendência positiva do setor em todo o país. São empresas do ramo da construção civil, comércio, serviços, artesanato, área têxtil e artigos esportivos, agronegócio voltado para a agro ecologia e até turismo e hotelaria. No país, o setor assistido pelo Sebrae movimentou R$ 500 milhões, atingindo a 43,9 mil empresas, num investimento de R$ 90 milhões.  

Os dados foram divulgados pelo Sebrae nacional e não correspondem somente ao período de realização do mundial, mas abrange todas as atividades realizadas a partir de 2011, quando o órgão passou a trabalhar com as empresas visando as 356 oportunidades de negócios de pequeno porte que identificou com o advento da Copa do Mundo no Brasil. A partir de então, a participação em feiras, rodadas de negócios e outros eventos começou a render o faturamento das empresas acompanhadas.  

De acordo com o diretor técnico do Sebrae/RN, João Hélio Cavalcanti, o programa Sebrae 2014 envolveu 3.803 negócios de pequeno porte no estado, desde 2011, porém 500 tiveram uma participação estável e continuam. As empresas do setor de artigos esportivos e alimentos foram as que mais alcançaram êxito, em virtude do caráter do grande evento.  

“Vimos que as empresas que estão sendo acompanhadas pelo Sebrae cresceram em produtividade e se tornaram mais fortes e competitivas. Agora, elas têm um grau maior, bem diferente de quando começamos”, avalia João Hélio. O balanço detalhado começa a ser fechado a partir desta semana. As equipes da entidade sairão a campo no estado para apurar os detalhes de cada empresa, quanto conseguiu movimentar, com quais produtos, quantos empregos gerou, quanto investiu.

 “O Sebrae investiu aqui no estado R$ 5 milhões em capacitações, diagnósticos e abertura de oportunidades de negócios, dotando as empresas de aperfeiçoamento em gestão, designer, aumento da produtividade e sustentabilidade”, conta. A entidade disponibilizou capacitação, através de projetos focados nas oportunidades identificadas. Foram realizadas ainda atividades como diagnóstico empresarial, certificação e eventos para criar novas frentes de comercialização, além de articular a aproximação de pequenas empresas de grandes grupos, com rodadas e encontros de negócios.  

Agora, com o final do mundial, as empresas serão encaminhadas para os setores específicos de acordo com suas áreas de atuação dentro do Sebrae. De acordo com João Hélio, o essencial para o segmento não é o faturamento já constatado, mas o que ainda poderá produzir. “Preparamos para que tenham sobrevivência, para que permaneçam no mercado por muito tempo e não morram. É algo que fará muita diferença daqui por diante porque em um ano prevemos que Natal esteja muito mais forte enquanto destino turístico por causa da Copa”, prevê.