Deu no caderno Natal de Tribuna do Norte:

O painel do artista plástico Aécio Emerenciano, de 200 metros quadrados, que adorna o muro externo da antiga fábrica de doces SAM’s, na Av. Salgado Filho, em Lagoa Nova, foi revitalizado na manhã deste sábado (22) por alunos da Escola Estadual Stella Wanderley, do Conjunto Pirangi. A atividade foi coordenada por Ana Selma Bezerra, que mantém o Projeto Arte Ecológica nas Escolas. Criado em 1970, o painel traz temática tropical, representada por frutas características do RN – destaque para o caju.

Estudantes revitalizaram painel de Artista Plástico potiguar. (Foto: adriano abreu)

Ana Selma, oito professores e 44 estudantes utilizaram 12 tons diferentes de cores para restaurar as cores da obra. Abigail da Silva, 14, participou do mutirão colorido e contou que “já tinha visto o painel, mas não que era tão antigo”. Todo o trabalho foi monitorado para manter a originalidade da obra – após a intervenção das crianças e adolescentes, a artista plástica Ana Selma e demais monitores da ação darão o acabamento final. Aécio Emerenciano considera o painel uma das mais expressivas obras de sua carreira, devido a dimensão e localização.

A iniciativa faz parte da programação do evento de arquitetura e decoração Casa Cor Rio Grande do Norte, que acontece dentro da antiga fábrica entre os dias 17 e 30 de outubro.

Sobre Aécio Emerenciano

Aécio Emerenciano nasceu em Ceará Mirim em 1935. Muito jovem, veio morar em Natal, onde se formou em Direito. Aposentou-se do Tribunal de Contas do Estado em 2005. Foi despertado pelas artes ainda na adolescência, em Maceió, influenciado pelo pintor Mário Hélio Neto de Gouveia. Em Natal, teve o incentivo do pintor Newton Navarro e do escritor Veríssimo de Melo. Nos anos 50, em Recife, descobriu os trabalhos de Lula Cardoso Aires e Brenand e, sob essa influência, iniciou seus murais, utilizando as paredes de sua casa na rua Ângelo Varela. Tem trabalhos em Salvador/BA, Campo Grande/MS e em Niterói/RJ. Entre os trabalhos mais vistos está o mural do Aeroporto Augusto Severo, que lhe consumiu oito meses de trabalho.

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