Notícia publicada na Tribuna do Norte:

Com mais de 130 mil pessoas obesas, 17 mil a mais que no ano passado, Natal subiu um degrau e agora ocupa o segundo lugar no ranking das capitais brasileiras com maior grau de obesidade. Isso é o que indica a pesquisa Vigitel 2012 – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – divulgada ontem pelo Ministério da Saúde. No ano anterior, Natal tinha 18,5% de obesos e ocupava a terceira posição. A média nacional é de 17%.  Natal ocupa o nono lugar (52,2%) entre as capitais com maiores taxas de sobrepeso da população. Neste ranking, as quatro primeiras capitais representam quatro grandes regiões diferentes: Campo Grande/MS, no Centro-Oeste;  Porto Alegre/RS, na região Sul; Rio Branco/AC, no Norte e Recife/PE no Nordeste. Brasília/DF (46,6%), Teresina/PI ( 46,4%), Palmas/TO (45,3%)  e São Luís (45,3%) ocupam os últimos lugares.

Foto: gastro.com.br

A pesquisa mostra ainda que 51% da população acima de 18 anos estão acima do peso ideal. O excesso de peso atinge 54% dos homens e 48% das mulheres. A pesquisa é feita desde 2006 e é a primeira vez que o percentual de maiores de 18 anos com excesso de peso supera os 50%. Em 2006, 43% dessas pessoas estavam acima do peso ideal. “Essa tendência de crescimento ou mostra que todos nós assumimos o tema do excesso de peso como grave para a saúde publica, ou chegaremos muito rapidamente aos mesmos patamares de países como o Chile e os Estado Unidos”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Os dados mostram que, além dos fatores genéticos, o excesso de peso está ligado a escolaridade. É entre as pessoas com menos anos de estudo que está a maior parcela dos que tem excesso de peso. Um total de 57,3% dos que tem até oito anos de estudo está com excesso de peso. Entre os que tem entre nove e 11 anos de estudo, o percentual é 46,7% e entre aqueles com 12 ou mais anos de estudo é 48,4%. “Essa é uma tendência mundial e que tem sido alvo de preocupação”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – Vigitel 2012 – entrevistou 45 mil pessoas acima de 18 anos das 26 capitais e do Distrito Federal. A pesquisa fornece informações sobre os hábitos da população em relação à alimentação, prática de atividade física, tabagismo, consumo de álcool e existência de doenças como diabetes e hipertensão. As informações são usadas pelo governo para elaborar programas de prevenção de doenças e ações para melhorar a qualidade de vida da população. A estimativa do número de obesos em Natal foi feita levando em conta uma população de 630 mil habitantes com mais de 18 anos de idade.

Desenvolvidos

Considerada a capital com melhor qualidade de vida do Brasil, Curitiba também acompanha a tendência nacional do sobrepeso. A frequência de obesidade e de excesso de peso na população da capital paranaense passou de 12,6% e 44,1%, em 2006, para 16,3% e 51,6%, respectivamente. O aumento ocorre tanto em homens quanto mulheres.  Na capital paranaense, o percentual de homens obesos subiu de 12,7% para 16% e com excesso de peso de 50,8% para 55,5%. Entre as mulheres, os índices de obesidade aumentaram de 12,5% para 16,6% e de excesso de peso de 37,8% para 48,1%. Na primeira edição do estudo, em 2006, 43,2% estavam acima do peso ideal e 11,4% eram obesos no Brasil. Atualmente, o percentual subiu para 51% e 17,4%, respectivamente. É a primeira vez que mais da metade da população brasileira está acima do peso.

Nesta edição, foram entrevistados 45.448 mil adultos em todas as capitais e no Distrito Federal, entre julho de 2012 a fevereiro de 2013.

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