Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

O teatro da pegadinha

17 de maio de 2013

Notícia publicada no Novo Jornal:

Calma! A cigana que sabe absolutamente tudo sobre a sua vida, inclusive o emprego que você vai perder, o casamento que não vai dar certo e aquela história secreta do verão passado que você esconde a sete chaves, pode fazer parte de uma brincadeira dos seus amigos. Se você passar por uma situação como essa, em breve, provavelmente estará caindo em uma pegadinha do “Teatro Express”, serviço de encenações a domicílio idealizado pelo produtor cultural Marcílio Amorim.

Até agora são 25 personagens diferentes criados pelos 10 atores que fazem parte do grupo. Da “cigana” ao “ricardão”, tem perfis para pregar peças de todos os tipos, em qualquer lugar, a qualquer hora.

O arquiteto Fábio Aguiar e sua esposa Raphaella comemoram 13 anos de casamento na tarde de ontem com serenata preparada por Vivi Brito e Renato Carvalho. (Foto: Fábio Cortez)

O arquiteto Fábio Aguiar e sua esposa Raphaella comemoram 13 anos de casamento na tarde de ontem com serenata preparada por Vivi Brito e Renato Carvalho. (Foto: Fábio Cortez)

“Imagina que hoje é o seu aniversário aí no NOVO JORNAL e a redação decide lhe colocar para entrevistar uma pessoa completamente insuportável e que vai lhe tirar do sério até fazer você desistir e a surpresa for revelada”, explica Marcílio, quando o repórter pergunta como funciona o projeto.

Por mais que existam perfis prontos e situações já criadas pelo grupo, tudo vai depender da história do cliente, como foi o caso de um serviço recente contratado pelo marido para homenagear o aniversário de casamento com sua esposa. “Ele pediu que a gente encenasse a história deles dois e foi muito bonito; contamos desde quando eles se conheceram, na igreja, até o momento do casamento”, lembra Marcílio sobre o telegrama encenado que aconteceu no Call Center das lojas Riachuelo, onde a esposa do cliente trabalha.

“Em outra ocasião, recentemente, os clientes encomendaram uma peça para uma amiga. Eles diziam que ela era ciumenta, então colocamos uma “periguete” para entrar na festa dessa menina, sem ser convidada, desligar o som e começar a chamar atenção”, ilustra o produtor cultural, comentando ainda que, além de talento, é preciso também muita coragem de todos os atores que toparam participar da empreitada.

“Situações como essa, mostram que o ator que faz o telegrama precisa ter domínio completo da situação, do jogo cênico, porque você está lidando com o improviso e com as diversas possibilidades que isso pode trazer. Se o ator não tem esse timing, ele não terá também o desfecho desejado”, avalia.

Além dos telegramas encenados, o Teatro Express conta também com uma opção mais light de homenagem: as serenatas, através de um casal de trovadores, prontos para reconciliar casais em crise, reforçar uma declaração de amor ou até mesmo esquentar uma relação desgastada.

“O Teatro Express é uma forma de fazer teatro em todos os lugares, menos no palco. Todos os atores que fazem parte também estão com seus trabalhos em cartaz, mas adoram essa possibilidade porque mexe com o improviso. São situações muito úteis para a formação do ator, esse jogo de olhares com uma plateia que também está encenando”, comenta Marcílio Amorim.

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