Oferta de imóveis cresce em Natal e região metropolitana

14 de novembro de 2013

Notícia publicada no Novo Jornal:

O índice de vendas de imóveis prontos em Natal e Região Metropolitana está em torno de 10%. A capital e Parnamirim concentravam 85% dos 5.616 imóveis em oferta no trimestre de julho a setembro deste ano. “Este é o melhor período para quem quer comprar um imóvel residencial na cidade”, disse o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Arnaldo Gaspar Junior.

A afirmação taxativa do presidente do Sinduscon tem a ver com a segurança de dados levantados pela primeira pesquisa Indicadores do Mercado Imobiliário, encomendada por 33 empresas associadas ao Sindicato que representam mais de 90% do setor. Os números foram divulgados ontem em entrevista coletiva. A pesquisa feita pela Consult será trimestral.

Foto: Canindé Soares

Foto: Canindé Soares

De julho a setembro passado, por exemplo, a oferta de imóveis residenciais cresceu 10,88%, passando de 5.275 para 5.849, muito acima em valores nominais e percentuais que a oferta de imóveis comerciais que foi de 8,2%.

É em Natal que se concentra a maior oferta de imóveis. A capital responde por 64.13% desse mercado com a oferta de 3.751 unidades, três vezes mais que em Parnamirim, a segunda em oferta com 1.215 imóveis.

Se por um lado a oferta foi maior no período pesquisado, o número de residenciais vendidos teve um aumento de 7,7% em agosto comparado com o mês anterior. Já em setembro houve uma redução de 3,2% quando comparado a agosto. Os números, no entanto, estão no mesmo patamar de julho.

Arnaldo Gaspar Junior explicou que antes do relatório, o setor era obrigado a confiar em números incertos. Com a pesquisa, os empresários do setor vão ter a dimensão real do tamanho do mercado imobiliário em Natal e mais quatro municípios da Região Metropolitana. “A pesquisa é um retrato da situação atual e vai permitir, no futuro, traçar um quadro de tendências do mercado. Fazer previsões futuras, com os dados de apenas três meses, é precipitado”, analisou o presidente do Sinduscon.

Mais importante, agora, é que o mercado vai ter o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) confiável, uma das principais variáveis que medem comportamento do setor imobiliário. O IVV de 5% encontrado pela pesquisa significa que o estoque atual de imóveis vai levar 20 meses para ser vendido. “Se o mercado não ficar aquecido e não tiver lançamentos que suportem isso, vai ter falta de imóveis”, destacou Arnaldo Gaspar Junior.

Por enquanto, ele disse que não há motivo de grande preocupação, mas é vital que o IVV cresça acima dos atuais 5% para que a velha máxima da lei da oferta e da procura prevaleça. Quanto menos oferta, mais para cima vão os preços dos imóveis, advertiu o presidente do Sinduscon.

Do ponto de vista financeiro, os números mostram o setor equilibrado e do ponto de vista do custo, hoje, é um bom momento para o setor porque há estoque de imóveis, juros em patamares baixos e condição de prazo que nunca existiu no Brasil, descreveu Arnaldo Gaspar Junior. “É bom aproveitar porque não há segurança se no futuro, a mercado vai se comportar assim”, alertou ele.

Por enquanto, a velocidade de vendas está de acordo com a velocidade de lançamentos que é compatível com o prazo de entrega dos prédios. São esses parâmetros, exemplificou Arnaldo Gaspar Junior, que impedem que em Natal ocorra uma bolha imobiliária como a que afetou os Estados Unidos a partir de 2007 e abalou o mercando financeiro mundial.

Diferente dos americanos, no Brasil, o mercado imobiliário tem prazos compatíveis para vender seus lançamentos, por exemplo, em vinte meses, o suficiente para que o construtor tenha como saldar seus compromissos sem comprometer o investimento feito. No mercado americano, esse prazo era cinco vezes maior.

Nos EUA, comparou o presidente do Sinduscon, as pessoas estavam comprando imóveis novos para investir. Em contrapartida, vendiam os imóveis velhos para financiar os novos. Aqui, as pessoas compram novos e pela primeira vez, para pagar em 20 anos.

OS NÚMEROS
Arnaldo Gaspar Junior espera que a pesquisa sirva de orientação para as 33 empresas que participam do Sinduscon. Principalmente agora que as grandes incorporadoras do mercado nacional estão deixando Natal e as empresas locais estão ocupando o lugar de empreendedoras do mercado imobiliário.

A debandada das empresas nacionais é um fator positivo para o mercado local. Segundo o presidente do Sinduscon, o próprio consumidor se sente mais seguro quando fecha um contrato com uma empresa local pela facilidade, em alguns casos, de negociar direto com seus diretores.

“As grandes incorporadoras do setor nacional chegaram a Natal porque tinham um grande volume de capital aplicado em bolsa e agora que o mercado de capitais retraiu, elas estão se concentrando em mercados maduros como São Paulo”, explicou Arnaldo Gaspar Junior.

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