Notícia publicada no caderno Cidade no Jornal de Hoje:
Na noite da última sexta-feira (1), duas equipes, com 20 homens cada, percorreram as quatro zonas da capital em busca de estabelecimentos com documentação e itens de segurança inadequados. Com a participação de representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Coordenadoria de Vigilância Sanitária (Convisa), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Juizado de Menores, 11 casas noturnas foram autuadas.
Dois deles, o Ecobar Casanova e o Jazzy Rock’s Bar, ambos no Alto da Candelária, tiveram as atividades interrompidas de imediato. “Eles não tinham nenhuma licença no Corpo de Bombeiros. No Casanova, nem extintor tinha”, informa o tenente Christiano Couceiro. Já o vizinho Tribo’s, teve a cozinha interditada, mas seguiu funcionando no restante da noite. Apesar de menos frequentado, eles já solicitaram a regularização dos documentos, tinham extintores e saída de emergência”.
Já em Ponta Negra, o Sancho Pub sofreu uma interdição parcial, por usar uma central de gás ao lado de uma casa de energia. “Eles ligaram para um técnico de uma empresa e ele retirou a central de gás. Então, puderam voltar a funcionar após a meia-noite”, diz Christiano.
Em nota à imprensa, o Pepper’s Hall confirma que o estabelecimento “nunca trabalhou sem licença […] serviu de modelo para que representantes do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) pudessem esclarecer e orientar a população do que é necessário se observar e exigir de um estabelecimento que preze pela segurança dos seus clientes”.
Ao todo, foram duas interdições totais, uma parcial, uma temporária e 11 notificações. Festa como o Baile das Kengas, no América, sofreram a abordagem do grupo. Além da ausência de ART, uma escada com o corrimão menor que o determinado foi bloqueada no clube do Tirol. “Precisa haver uma mudança na cultura brasileira de prevenção de acidentes. Para exemplificar o que digo, Portugal com 10 milhões de habitantes, tem quase o mesmo número de bombeiros [69 mil] que o Brasil. Mas, mesmo assim, a população pode não mais procurar casas ilegais, ter mais senso crítico, cobrar investimentos e mudanças na legislação”, conclui Christiano Couceiro.
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