Notícia publicada no portal G1 RN:
O semiárido do Rio Grande do Norte produzindo uvas de qualidade semelhante ou até superior a polos conhecidos do Sul e Nordeste do país. É o que aponta uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Semiárido (Ufersa) que estudou por quatro anos três variedades de uvas. O objetivo dos estudos é ajudar pequenos produtores do estado.
A pesquisa com a Italia Melhorada, Isabel Precoce e Niagara Rosada mostra que as condições de pouca chuva, muito sol e baixa umidade, encaradas normalmente como empecilhos, podem se tornar aliadas da produção. Com o clima do semiárido é possível fazer até duas colheitas por ano. O clima frio do Sul só é possível conseguir uma colheita anual.
“A primeira coisa é latitude, o fato de estarmos muito perto da linha do Equador, o que faz com que tenhamos luminosidade alta. Isso favorece o cultivo da videira. Na cultura irrigada conseguimos controlar a quantidade de água que a planta precisa para se desenvolver”, explica o coordenador do projeto, Django Jesus dos Santos.
O investimento inicial para o cultivo é de R$ 40 mil por hectare. Se o quilo for vendida a R$ 3, o investimento pode ser recuperado em um ano. As três variedades estudadas servem para consumo in natura e produção de suco. A Isabel Precoce também pode ser aproveitada para vinho.
De acordo com o coordenador do projeto, os produtores da Chapada do Apodi já mostraram interesse em investir. “Com esses resultados significativos principalmente nos fatores produção e qualidade podemos demonstrar que é muito possível cultivar videira no estado”, afirma Django Santos.
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