Notícia publicada no caderno Natal da Tribuna do Norte:
Mais da metade das rodovias do Rio Grande do Norte, entre estaduais e federais, estão em estado regular, ruim ou péssimo. A conclusão está na 16ª edição da Pesquisa CNT de rodovias, divulgada nesta quarta-feira (24) pela Confederação Nacional do Transporte.
Trecho da BR-226 teve a pior classificação na pesquisa da CNT no Rio Grande do Norte. (Foto: Arquivo TN)
A pesquisa, realizada nas rodovias de todo o país, percorreu 1.764 quilômetros de rodovias no Rio Grande do Norte e constatou que seriam necessário R$ 565,5 milhões para restaurar ou manter os trechos danificados no Estado. Foram verificados trechos com trincas, buracos, ondulações, afundamentos e desgastes. Porém, a pesquisa não registrou nenhum trecho totalmente destruído. Os principais problemas verificados foram de sinalização e de geometria.
As melhores rodovias são as federais, que aparecem, em sua maioria, com classificação “bom”. Já a maioria das rodovias estaduais pesquisadas aparecem como “ruim” ou “péssimo”. Nenhuma foi classificada com “ótimo”. No Estado, a RN-233, que liga o município de Assu à BR-226 e o trecho da BR-226, entre Florânia e Currais Novos são as piores, com classificação “péssimo”.
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De modo geral, as condições das rodovias do Rio Grande do Norte – estaduais e federais – melhoraram do ano passado para cá. Os trechos considerados adequados passaram de 31,8% em 2011 para 46,9% este ano, segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que percorreu 1.764 dos 4.476 quilômetros de estradas pavimentadas, entre 25 de junho e 31 de julho. A classificação “ótima” subiu de 6,3% para 9,0%, enquanto os trechos considerados em bom estado de trafegabilidade passaram de 25,5% para 37,9%.
Pavimento e sinalização de um trecho da BR-226, Santa Cruz, estão em bom estado de conservação. (Foto: Ana Silva)
Foram analisados 18 trechos de estradas, entre elas as rodovias federais BR-101 (Touros-Divisa com a Paraíba), BR-304 (Parnamirim-Mossoró-divisa com o Ceará) e a BR-226 (Macaíba-Patu). O estado geral das BRs 101 e 304 foi considerado bom e o da BR-226 regular.
O levantamento identificou noventa e seis quilômetros em quatro trechos considerados péssimos, um trecho a mais do que na pesquisa anterior. São eles o da RN-023 até o entroncamento da BR-104, os quarenta e dois quilômetros da RN-233 (Assu- Triunfo Potiguar), cinco quilômetros na BR-110 e quarenta e um na BR-226.
Os trinta e três quilômetros da RN-079 (Alexandria até o entroncamento BR-405, passando por Marcelino Vieira, saíram da condição de péssimo para ruim, enquanto o da BR-226 piorou – de ruim para péssimo.
A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte leva em conta três variáveis: pavimentação, sinalização e geometria (item relacionado à visibilidade e à velocidade máxima que pode ser percorrida pelo motorista). Dos 1.764 quilômetros percorridos no RN, 144 tinham pista dupla com canteiro central; 30 quilômetros de pista dupla com barreira central e 1.590 de pista simples de mão dupla.
As condições do pavimento eram as seguintes: totalmente perfeito 662 quilômetros, o equivalente a 37,5%; desgastado 1.019 desgastada; 66 com trincas e remendos e 17 com afundamentos, ondulações ou buracos.
Foram constatadas deficiências na sinalização horizontal. Mais de 750 quilômetros apresentavam desgaste na pintura da faixa central – a que determina se o motorista pode ou não ultrapassar o veículo da frente. Os técnicos notaram que em 786 quilômetros (44,6%) não havia placas com o limite de velocidade. Em 1.200 quilômetros percorridos havia deficiência na visibilidade das placas – mato na frente, tinta desgastada ou até mesmo placas totalmente inelegíveis.
“A importância da sinalização é tal que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB de 2008), em seu artigo nº 88, frisa que nenhuma via pavimentada poderá ser aberta ao trânsito enquanto não estiver devidamente sinalizada, verticalmente e horizontalmente, de forma a garantir as condições adequadas de segurança na circulação”, lembra a CNT.
Em relação ao ano passado, a frota de veículos automotores do Rio Grande do Norte teve um crescimento de 9,3%, passando de 772.407 para 844.681.
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