Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Projeto monitora desova de tartarugas marinhas no RN

15 de março de 2013

Notícia publicada no portal G1 RN:

O Tamar – projeto que protege as tartarugas marinhas – está monitorando a desova das fêmeas no litoral potiguar. No Brasil, elas procuram apenas a costa do Rio Grande do Norte e a da Bahia para finalizar o ciclo reprodutivo. O período de desova se estende de novembro a abril, sendo a primeira quinzena de março a época de maior pico. Na madrugada desta quinta-feira (14), o G1 acompanhou a 58º tartaruga catalogada pelo Tamar desovando na região. Ela é do espécie tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), ameaçada de extinção.

Tartaruga marinha desova no litoral do RN e Tamar monitora a espécie (Foto: Caroline Holder/G1)

Tartaruga marinha desova no litoral do RN e Tamar monitora a espécie (Foto: Caroline Holder/G1)

Por volta das 2h30, a fêmea saiu do mar e fez um longo caminho até encontrar um local seguro para depositar os ovos. Depois de subir uma duna, descansou e iniciou a desova. Cada uma põe cerca de 140 ovos, mas nem todos eclodem. Depois do esforço, ela disfarça o local do ninho  – para afastar os predadores – e  se apressa em voltar ao mar, onde passa toda a vida.

A fêmea que a equipe do G1 acompanhou mede 93,5 centímetros de comprimento e 85,5 centímetros de largura. Ela é remigrante, já desovou na região em outras temporadas. “Sabemos disso porque ela tem a marca do projeto. Por meio do número, sabemos tudo sobre ela, que está catalogado em nossos aquivos. É muito bom saber que ela está sobrevivendo”, comemorou Micaele Tavares, técnica do Tamar.

O rotina para a desova acontece depois das 18h.  As tartarugas procuram a completa escuridão, e o silêncio. Por isso, os 6 quilômetros de praia sob o comando militar é a área que mais atrai as tartarugas em fase de reprodução. “O barulho, as construções, o trânsito de veículos à beira mar, tudo isso afasta a tartaruga. Por isso elas estão desovando tanto na área da Barreira do Inferno, o lugar reúne todas as condições adequadas”, explicou Micaele.

Os técnicos do Tamar monitoram a área das 18h às 3h, diariamente, acompanhando o processo de desova. Depois cerca o ninho para afastar os predadores naturais. “Na temporada passada, as raposas acabaram com 71% dos ninhos. Por isso, passamos a protegê-lo, um trabalho fundamental para o êxito da incubação e nascimento dos filhotes”, indicou Micaela.

O trabalho do Tamar tem dado resultados. Depois de aproximadamente 55 dias de incubação, parte dos ovos eclodem dando origem aos filhotes. Os mais forte ganham entram no mar sozinho. Outros, mais frágeis, precisam de ajuda para sair do ninho. Mas o trajeto até a água precisa ser feito sem auxílio, já que durante a caminhada eles decoram todas as condições ambientais da região, para um dia regressarem na fase de reprodução.

“A gente espera que eles voltem a este ambiente para as futuras desovas. Mas de cada mil que nascem, apenas dois chegam a idade adulta”, explicou a técnica do Tamar. Após o nascimento, elas conseguem passar de sete a 10 dias sem comer, com energia suficiente para iniciar a vida aquática.

A maioria dos ninhos encontrados na costa potiguar – estima-se que 98% – são das tartarugas-de-pente. Mas todas as outras quatro espécies que estão no Brasil procuram a região. Ao londo dos 42 quilômetros monitorados no estado aparecem cerca de 800 ninhos por ano. Só nos 6 quilômetros da Barreira do Inferno são 124 anuais. O Tamar estima que aproximadamente 790 tartarugas de pente estejam reproduzindo no RN.

Temporada na Barreira do Inferno

A temporada reprodutiva de 2011/12 teve início na primeira semana de novembro de 2011 com o registro de uma desova. Os meses de maior frequência reprodutiva foram janeiro, fevereiro e março, sendo que a última foi registrada na última quinzena de maio. No total, 107 ninhos foram registrados no semestre.

As ocorrências reprodutivas foram classificadas em quatro categorias: 107 com desova (CD), 14 meia lua (ML) e 1 sem desova (SD). Quanto à situação dos ninhos na praia 98% foram mantidos em seu lugar de origem. Uma mínima parte foi transferida para um local mais seguro.

Das 107 ocorrências classificadas na categoria com desova: 76 ninhos sofreram predação por animal silvestre; 13 foram classificados com sucesso, ou seja, a incubação se desenvolveu até o final; 14 ninhos não foram monitorados e quatro foram perdidos pela ação da maré.

Nesta temporada as atividades focaram no monitoramento diurno, identificando o ninho através dos rastros. O índice de predação de 71%, basicamente por raposa e tatupeba  é considerado elevado sendo recomendado que nas próximas temporadas sejam adotadas estratégias de proteção contra estes predadores.

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Ibama captura iguana e alerta turistas sobre crimes ambientais no RN

Notícia publicada no portal G1 RN:

Iguana capturado nas dunas já foi solto em Natal (Foto: Homero Medeiros)

Iguana capturado nas dunas já foi solto em Natal (Foto: Homero Medeiros)

Fiscais do Ibama no Rio Grande do Norte apreenderam um iguana adulto que estava sendo usado para tirar fotos com turistas nas dunas da praia de Pitangui, litoral Norte do estado. Segundo nota emitida pelo Ibama, a captura do animal foi baseda na Lei de Crimes Ambientais, que afirma que é crime “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente”.

O responsável pelo iguana foi identificado e conduzido para a delegacia de Extremoz, na Grande Natal, onde foi lavrado um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO), onde ele responderá pelo crime na esfera penal e administrativa.

O iguana foi levado às dependências do Ibama, onde foi analisado. Na manhã desta quinta-feira (14), o animal solto no Parque das Dunas, uma parea de proteção ambiental em Natal.

As dunas douradas de Pitangui têm um intenso tráfego de bugueiros, que levam turistas para apreciar a paisagem. Em função dessa aglomeração, surgem pessoas com animais silvestres colocando-os para que os turistas passem a tirar fotos das belezas naturais acompanhados dos animais. Para Alexandre Rochinski, chefe da fiscalização do Ibama, é uma ação que tanto pode acarretar na transmissão de doenças, bem como na perpetuação do confinamento desses animais.

O Ibama alerta que se ficar caracterizado que o turista está participando da ação de exploração de animais silvestres, ele também poderá ser enquadrado na Lei de Crimes Ambientais.

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