Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

Redução de sacolas plásticas: benefícios para o seu bolso e o meio ambiente

8 de julho de 2013

Notícia publicada no portal No Ar:

Item considerado quase indispensável nos supermercados, as sacolas plásticas devem ter sua oferta diminuída também no Rio Grande do Norte em até 40% nos próximos dois anos. A meta foi estabelecida pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos do Governo Federal que entrou em vigor em 2011.

A iniciativa, além de trazer benefícios para o meio ambiente evitando o acúmulo de sacolas para acondicionamento de lixo e centenas de anos para se decompor, pode interferir diretamente no bolso do consumidor no preço final do produtos colocados nas prateleiras.

Segundo o diretor da Abras e do grupo RedeMais, Geraldo Paiva, as sacolas são de custo inteiramente do consumidor e representa de 1 a 1,5% do total pago nas compras. “Na compra do cliente de R$ 1.000, por exemplo, R$ 10 são para pagar as sacolas. Caso as sacolas fossem comercializadas diretamente ele pagaria cerca de R$ 5 fazendo uma economia diminuindo os custos conscientemente”, explicou Paiva.

Sacolas influenciam em até 5% no valor final do preço dos produtos (Foto: Alberto Leandro)

Sacolas influenciam em até 5% no valor final do preço dos produtos (Foto: Alberto Leandro)

Na definição do preço final do produto exposto na prateleira dos supermercados, em média, segundo Paiva, 5% representa o valor pago pela sacola plástica que os empresários compram para repassar aos clientes.

Em países como Estados Unidos e na Europa, a sacola é vendida diretamente nos caixas. Não podendo ser distribuída aleatoriamente. Este modelo no Brasil é adotado principalmente em redes de “atacarejo”, que optam em vender as sacolas ou permitir uso de caixas de papelão e desta forma conseguem oferecer preços de produtos mais competitivos.

Ronilson Araújo deve alternativas recicláveis (Foto: Alberto Leandro)

Ronilson Araújo deve alternativas recicláveis (Foto: Alberto Leandro)

“Eu sou a favor de alternativas sustentáveis, como caixas de papelão ou até retornáveis, para que possam ser descontadas no bolso, porque não é de graça que levamos as sacolas”, contou o servidor público Frankiln Machado.

Empresários cobram participação do Governo

Segundo Geraldo Paiva, a grande dificuldade para se alcançar as metas de redução de sacolas em todo o país está na falta de participação do Governo em campanhas de massa para despertar a conscientização do consumo consciente das sacolas plásticas.

“O Governo deveria entrar em campo com campanhas de conscientização e não deixar apenas para a iniciativa privada. O custo hoje é totalmente do consumidor. Deveria então ser aprovada uma Lei que torne obrigatória a sacola ser vendida, assim o consumidor poderia optar e economizar. Além da consciência ecológica de evitar o descarte para meio ambiente e esgotos”, declarou Paiva.

A ideia de gestão de responsabilidade compartilhada também foi levantada pelo vice-presidente institucional da Abras, Márcio Milan, durante reunião com empresários potiguares ligados à Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio) há pouco mais de um mês.

“A responsabilidade é compartilhada e passa também pelo consumidor, a sacola plástica é produzida com uma finalidade, mas o seu uso inadequado traz prejuízos ao meio ambiente”, afirmou Milan. Segundo dados da Abras mais de 90% dos lixos residenciais são acondicionados em sacolas plásticas.

Com que sacola eu vou?

Hoje, no mercado, os consumidores podem contar com quatro tipos de sacolas plásticas. A sacola convencional que há mais de 20 anos está presente no mercado com custo médio de R$ 0,02 mas que demora cerca de 500 anos para se decompor no meio ambiente.

O segundo tipo é atualmente o mais utilizado nos supermercados de Natal, a sacola oxibiodegradável, que se decompõem no meio ambiente em média por 18 meses, além de material frágil que não entope esgotamentos e bueiros. Essa sacola custa em média R$ 0,03.

O terceiro tipo é a sacola biodegradável feita a partir de matérias como resina de milho ou mandioca, com decomposição rápida mas custo em torno de R$ 0,19, o que apresenta um  impacto maior para empresários e consumidores.

Por fim, a mais indicada são as sacolas retornáveis já vendidas nos próprios supermercados e que são reutilizadas com frequência por consumidores que despertaram a consciência ambiental, porém ainda não sentem o desconto no bolso, já que “pagam” pelas sacolas que os outros clientes utilizam.

O técnico de Edificações, Ronilson Araújo é a favor de alternativas recicláveis em substituição ao modelo atual de sacolas plásticas. “Deveria se reutilizar as sacolas de papel reciclado ou papelão evitar que as sacolas plásticas sejam jogados no meio ambiente”, afirmou o técnico.

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