Desde setembro de 2011, quando o Governo Federal apresentou o último balanço dos preparativos para o Mundial, houve aumento de 76% do número obras em andamento. Hoje, 60 intervenções acontecem nas 12 cidades-sede. O balanço mostra ainda que o volume de investimentos previstos – R$ 27,1 bilhões – permanece o mesmo. No caso de Natal, o relatório apresenta a cidade como dentro do cronograma no que diz respeito ao estádio Arena das Dunas, mas com alguns atrasos no quesito mobilidade urbana.

As construções ou reformas dos outros 11 estádios seguem dentro do cronograma previsto, tanto para atender os jogos da Copa das Confederações, no próximo ano, como da Copa do Mundo, em 2014. Os dados apresentados no balanço se referem a abril de 2012, quando foi finalizada a rodada de verificação com as 12 cidades-sede. O investimento previsto para a capital potiguar é de cerca de R$ 1 bilhão e 700 mil reais sendo R$ 417 milhões da Arena das Dunas, R$ 662 milhões destinados a mobilidade, R$ 557 milhões investidos nos dois aeroportos e R$ 54 milhões na obra do terminal de passageiros do porto de Natal. Desse total de investimentos, R$ 757 milhões provém de financiamento federal, R$ 321 milhões são de recursos locais, R$ 236 milhões com recursos diretos do governo federal e R$ 375 milhões com verba privada.

No relatório de abril, a obra da Arena das Dunas é apontada com 22% realizados. (Foto: Aléx Régis)

No relatório de abril, a obra da Arena das Dunas é apontada com 22% realizados. Até o momento teriam sido desembolsados R$ 79,3 milhões provenientes do financiamento da empresa junto ao BNDES. Nenhuma restrição à obra foi apontada. Todas as arenas que têm financiamento contratado com o BNDES já receberam recursos do Banco – os desembolsos somam mais de R$ 1 bilhão de reais. As obras dos 12 estádios empregam 19.043 trabalhadores. Fortaleza, Salvador, Brasília e Belo Horizonte já ultrapassaram 50% de realização dos empreendimentos.

Dez dos treze aeroportos considerados prioritários para a Copa já estão com obras em andamento. Cinco já foram entregues (uma em Cuiabá, uma em Porto Alegre,

duas em São Paulo e uma em Campinas). A entrega de 26 dos 31 empreendimentos tem previsão para 2013, e cinco delas para o primeiro semestre de 2014. O relatório do governo federal afirma que 51% da obra do aeroporto de São Gonçalo já está concluído, referindo-se principalmente a fase 1 dos trabalhos que incluem os serviços referentes às pistas. No tocante a fase 2, até março deste ano teriam sido concluídos 19,50% dos trabalhos. Sobre a Construção do Terminal de Passageiros não existe informações referentes a execução das obras que teve seu contrato assinado em novembro de 2011.

Nove das 12 cidades sede estão com obras de mobilidade urbana em andamento. São, ao todo, 51 empreendimentos que contam com financiamento do governo federal e cuja execução é de responsabilidade dos municípios ou governos estaduais. Desse conjunto, 28 empreendimentos (55%) estão em obras e sete (14%) com a licitação concluída. A maior parte dos projetos – 41, ou 81% – ficará pronta até o segundo semestre de 2013; e dez devem ser entregues no primeiro semestre de 2014.

Em Natal, quatro obras foram avaliadas. A integração do novo aeroporto com a Arena e setor hoteleiro; A implantação dos acessos do novo aeroporto à BR 304/226 e à BR-406; A reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire e a ligação entre o Aeroporto Augusto Severo e a Avenida Prudente de Morais. O relatório, que data de abril, apresenta restrições em todos os casos e afirma que apenas a obra da integração do Novo Aeroporto a Arena teria sido contratada, no valor de R$ 338,8 milhões, sendo que até a conclusão do relatório ainda não teria havido desembolso de verbas. As restrições encontradas no relatório referem-se a anuência do DNIT e, em alguns casos ausência de licença de instalação. Nos portos, as intervenções já começaram nos portos de Fortaleza, Recife, Salvador e Natal. Em Santos e Rio de Janeiro, o processo está na fase de licitação. A de Manaus ainda está em elaboração de projeto. Na capital potiguar o processo teria concluído a fase licitatória de um investimento total de R$ 53,7 milhões todo ele com verbas federais (Codern).

O relatório conclui falando que a Lei Geral da Copa foi aprovado pelo Congresso Nacional, e seguiu para sanção da presidenta da República, Dilma Rousseff. Com a Lei, conclui-se a fase de normatização das garantias federais oferecidas à Fifa para a realização da Copa. A matriz de responsabilidade de Telecomunicações, com o projeto de investimentos, foi aprovada pelo Grupo Executivo da Copa e publicada no Diário Oficial. Assim, inicia-se oficialmente o segundo ciclo de planejamento das ações governamentais para a Copa.

Por outro lado, Joseph Blatter,  presidente da Fifa disse  que “a sexta maior economia do mundo tem ativos e sabe o que precisa fazer, mas não está fazendo o trabalho em tempo”, referindo-se as obras do Mundial de 2014.