Daniel Turíbio

Daniel Turíbio é jornalista da agência Smartpublishing Mídias em Rede. Já trabalhou com mídia impressa, rádio e assessoria de comunicação. Reside em Natal/RN.

RN – Pesquisa aponta irrigação como opção para a palma

23 de julho de 2012

Deu no Caderno de Economia do Tribuna do Norte:

Duas pesquisas da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) com palma irrigada, desenvolvidas nas bases físicas da Empresa, em Cruzeta, Apodi e Pedro Avelino (Terras Secas), serão apresentadas dentro da programação científica da 49ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ), que será realizado a partir de amanhã (23),  até quinta-feira (26), no Centro de Convenções de Brasília. O tema central da reunião é “A produção animal no mundo em transformação” com apresentação de pesquisas e de 60 palestras proferidas por cientistas e professores.

Segundo os organizadores da reunião, técnicos, pesquisadores, professores e estudantes das diversas áreas da produção  animal discutirão como o conhecimento científico pode contribuir com o desenvolvimento sustentável  dos setores produtivos do país, diante de uma sociedade mundial em permanente transformação e cada vez mais exigente. A SBZ  foi criada em 1951, tornando-se referência no meio científico nacional e internacional. É uma entidade sem fins lucrativos e conta com mais de quatro mil associados.

PESQUISA

Uma das pesquisas da Emparn estudou as “Características morfológicas e produção de matéria verde e seca da palma forrageira cv. miúda adensada e irrigada submetida à adubação nitrogenada”, tendo à frente os pesquisadores José Geraldo Medeiros da Silva, presidente da empresa estadual de pesquisa e, ainda, os pesquisadores Guilherme Ferreira Lima,Margareth Maria Teles, Fernanda Gonçalves Dantas, Florisvaldo Guedes e Raimundo Braga Lôbo. O projeto foi financiado pelo Banco do Nordeste através do Fundeci/Etene e Capes.

A pesquisa com palma irrigada foi desenvolvida em bases da Emparn, em Cruzeta, Apodi e Pedro Avelino. (Foto: Tribuna do Norte)

O objetivo da pesquisa foi avaliar as características morfológicas e a produção de matéria verde e seca da palma forrageira miúda, com diferentes níveis de adubação nitrogenada e freqüências de irrigação, aos 18 meses após o plantio.  Segundo José Geraldo Medeiros,  serão apresentados dois resultados, um com 18 meses e outro com 24 meses,  todos positivos.

Ainda segundo Medeiros, a conclusão é que o número de cladódios/planta, comprimento, largura, perímetro não foram afetados pelos níveis de adubação nitrogenada e freqüências de irrigação, porém a espessura e a produção de matéria seca foram alteradas. A irrigação de salvação viabilizou a produção da palma miúda no semiárido potiguar onde tradicionalmente não eram obtidas produções em sistemas de cultivo de sequeiro.

A  pesquisa lembra que o semiárido nordestino apresenta distribuição irregular das chuvas, ocorrendo essa irregularidade agora em 2012, e elevada evapotranspiração e baixa disponibilidade de forragem principalmente no período seco. As características morfofisiológicas das espécies da família cactácea, especialmente as palmas forrageiras, propiciam os requisitos necessários  para elas suportarem os rigores do clima e as especificidades fisicoquímicas  dos solos das zonas semiáridas.

No entanto, ressalva a pesquisa, o desempenho dessa cactácea não é favorável em todo semiárido nordestino. Esse cenário é observado em várias regiões do Rio Grande do Norte, em particular, em áreas de baixa altitude, e tem representado um impedimento para a expansão desse importante suporte forrageiro. Acrescenta que “apesar da agricultura irrigada ter aplicação limitada no semárido nordestino, a utilização da irrigação de salvação  pode ser uma opção para o cultivo da palma nessas regiões, com a utilização mínima de água em, sistema de gotejamento”.

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