RN – Programa vai estimular melhorias na indústria

23 de março de 2012

O Serviço de Apoio a Micro e  Pequena Empresa do Rio Grande do Norte (Sebrae RN) lançou ontem o segundo ciclo do programa Agentes Locais de Inovação (ALI), para estimular a adoção de práticas inovadoras e o aumento da competitividade e da rentabilidade nas pequenas indústrias. O propósito é atender a 1,6  mil empresas no setor, como parte de um esforço para potencializar a produção do Estado e aumentar o valor agregado dos produtos até a Copa de 2014. Trabalho semelhante foi desenvolvido com empresas do comércio, no bairro do Alecrim, no primeiro ciclo do programa.

Pelos dados do Cadastro Empresarial do RN (CEMP), 4,65% das empresas potiguares são indústrias, o que representa um universo de 3.037 empreendimentos, formado predominantemente de unidades de pequeno porte. E esse é o alvo do ALI, que oferece consultorias individualizadas por um período de dois anos.

Durante a solenidade de lançamento, ontem, o diretor técnico do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, ratificou o esforço da instituição de incentivar a adoção de novas tecnologias e inovação por parte dos pequenos negócios. “A exemplo de outros Estados, o Sebrae no Rio Grande do Norte tem fomentado a inovação porque acreditamos que qualquer empresa só se tornará competitiva se inovar”.

No Estado, 22 “agentes” – universitários da área de gestão que atendem aos empresários, repassando noções de novas tecnologias em processos, produtos, organização e marketing – estarão envolvidos no programa, com o desafio de levar o conceito de inovação às indústrias, instaladas na região Metropolitana de Natal e no eixo Açu-Mossoró. Essas áreas são consideradas as principais aglomerações industriais do estado.

De acordo com o gestor nacional do ALI, Marcus Vinicius Bezerra, uma dos resultados desse atendimento é o aumento em até 30% do faturamento bruto das empresas participantes do programa. “Verificamos que além do ganho em rentabilidade, as empresas conseguem melhorar a gestão e reduzir os custos operacionais”, disse ele.  “Precisamos desmistificar essa ideia de que inovar custa caro. Inovação não está atrelada apenas à tecnologia de ponta. Uma empresa inova também quando otimiza um processo ou adota técnicas menos onerosas, como reaproveitar água”, explica ainda Marcus Vinicius.

Na opinião do analista técnico do Sebrae Nacional, o segmento industrial é o que mais precisa de inovação devido à concorrência do mercado internacional, sobretudo de países, como China e Índia. Os principais entraves detectados nas empresas participantes do ALI estão na área de gestão. “Muitas vezes, percebemos que a empresa tem um produto legal, mas ainda falta planejamento. Falta um plano de negócio e isso está diretamente ligado à gestão do negócio”, ressaltou Marcus Vinicius.

Expectativa é aumentar competitividade

Apesar de a taxa de natalidade das empresas ter aumentado para 70%, muitos negócios de pequeno porte ainda saem do mercado por falta de competitividade. Para reverter esse quadro, o Sebrae espera finalizar o ano com 25 mil empresas brasileiras atendidas pelo programa Agentes Locais de Inovação (ALI), que no Rio Grande do Norte atendeu no primeiro ciclo 1.560 empresas do comércio no bairro do Alecrim, até o ano passado, com soluções de inovação. Em todo o País, o ALI já prestou atendimento a mais de 18 mil empresas.

Para atender às empresas, os agentes recebem uma capacitação de 250 horas. Todo o trabalho é supervisionado por consultores seniores, selecionados pelo programa. A metodologia do ALI já está presente em 25 Estados, exceto São Paulo e Minas Gerais, este último será o 26º Estado a aderir ao ALI com meta de atender 7,5 mil empresas mineiras até 2014. O Rio Grande do Norte foi um dos primeiros a executar o programa, lançado pelo Sebrae em 2008.

O programa

O ALI, segundo o Sebrae, amplia os índices de qualidade, produtividade e competitividade das empresas atendidas, por meio de consultorias especializadas.

 O alvo agora são pequenas indústrias

O alvo agora são pequenas indústrias

As empresas participantes do programa recebem um diagnóstico e têm uma análise especializada, que determinam o grau de inovação em que a empresa se encontra. Os agentes identificam as carências e necessidades e indicam as soluções mais compatíveis que contribuam para o desenvolvimento da empresa. São implantadas, no mínimo, duas soluções inovadoras para melhorar a gestão, produtos ou processo. Além disso, a empresa tem apoio gratuito do ALI durante a implementação das ações. Podem participar do programa, prioritariamente, empresas do segmento industrial com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano. O empreendedor que não foi visitado pelos agentes pode procurar um dos escritórios do Sebrae e solicitar a adesão ao programa. Mais informações podem ser obtidas por telefone: 0800 570 0800.

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